Skip to main content
search

O tempo e o afeto têm sido substituídos nas relações familiares pelo dinheiro. A falta de tempo e as pressões sociais têm feito a sua mossa, numa sociedade que cada vez desvaloriza mais a relação de autoridade em casa.

Criamos miúdos mimados que se sentem no direito de exigir dos pais uma mesada e já agora que lhes paguemos por aquilo que é sua obrigação. Quantos mais não se confrontam com exigências de mesadas ou com a tentação de pagar aos filhos para terem boas notas?

Neste ambiente avesso à educação, é importante que nos questionemos sobre a importância das mesadas na educação dos filhos. De facto, uma mesada pode ser um ótimo instrumento de educação financeira na medida em que respeite algumas regras:

  • ser um valor escasso e que obrigue à tomada de opções;
  • ser um valor fixo e que não é complementado por pedidos adicionais quando o valor for gasto;
  • não ser considerado um direito mas sim um privilégio que deve ser agradecido e
  • considerar a obrigatoriedade de poupança de parte desse valor para o futuro.

Como pais não nos devemos sentir obrigados a dar uma mesada. Podemos antes usar a mesada para educar os nossos filhos, para os ajudar a perceber para que serve o dinheiro e o que custa conquistar. Mas devemos resistir à tentação de ceder a todas as exigências dos nossos filhos mesmo que possamos dar mais.

Nunca esquecer que o critério deve ser “qual o bem” e nunca “qual o mal”, porque educamos os miúdos para o bem. Para serem melhores. E temos essa obrigação grave que não devemos repudiar. Porque os educadores somos nós!

telefone
calculadora