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Longe vão os tempos das maluqueiras do carpe diem mas não deixa de ser importante viver o presente e tirar dele o melhor proveito. No entanto, ter os olhos postos no futuro pode ajudar-nos a garantir que teremos um futuro mais risonho e cheio das coisas que mais valorizamos. Neste contexto, pensar na reforma não é só algo positivo mas também algo necessário e urgente.

As reformas vão cair muito

Temos batalhado para que cada vez mais pessoas ganhem a consciência da importância de poupar para a reforma simplesmente porque as reformas vão cair muito. A cada vez mais conhecida taxa de substituição, que relaciona o valor da nossa primeira pensão com o valor do nosso último salário, diz-nos que teremos de acautelar pelo menos 25% do nosso último rendimento. Em alguns casos quase 50%. Imagine o que será ter de cortar as suas despesas em 25%-50% no dia a seguir à sua reforma ou não poder reformar-se se quer.

Queremos ter mais qualidade de vida

É um facto que seremos reformados muito mais ativos e com interesses muito mais variados. Longe vão os dias daquelas imagens caricaturais de reformados em frente ao televisor todo o dia. Sim, talvez conheçamos ainda alguns assim, mas no futuro seremos diferentes. Teremos outros interesses. Queremos viajar. Queremos estudar. Queremos fazer muitas coisas que têm um custo associado. Aliás, se nos vamos reformar vamos ter mais tempo disponível para fazer tudo aquilo que não pudemos fazer enquanto trabalhadores no ativo. Logo, se pensarmos na reforma e se começarmos já a poupar (os PPR ou os Fundos de Pensões podem ajudá-lo neste esforço), poderemos ter capacidade financeira para atingir estes objetivos.

Ajudar os seus filhos

Ai há dias havia quem falava da geração sandwich, aquela geração que tem de ajudar os pais e os filhos. Infelizmente, muitas famílias são confrontadas com esta necessidade. Os filhos precisam de ajuda porque os empregos agora são mais precários e mal remunerados. Os pais precisam de ajuda porque as suas reformas não chegam. Pois, quem é o pai que vendo o seu filho em necessidade não o quer ajudar? Pensar na reforma é também pensar nisto pois se o negarmos, quando o dia chegar, vamos ter de cortar no essencial para ajudarmos os nossos filhos.

O tempo corre contra nós… ou pode ficar a nosso favor

Quando falamos de poupança para a reforma podemos pensar de duas formas. Se ainda não começamos, o tempo corre contra nós. Quanto mais tarde começarmos pior será pois teremos um esforço maior para atingirmos os nossos objetivos. Se, por outro lado, já tivermos começado, o tempo joga a nosso favor. Já estaremos a beneficiar do efeito da composição dos juros e o esforço que nos será exigido será muito menor. Podemos usar o tempo a nosso favor e se o conjugarmos com a nossa inércia (ou preguiça) teremos o dinheiro a trabalhar para nós durante vários anos e sem que tenhamos de fazer praticamente nada nesse sentido.

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