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Curto ou longo? Parece que vamos falar de café, mas se assim fosse a resposta seria fácil. Vamos falar sim, do prazo dos créditos pessoais. Qual é aquele que lhe traz mais vantagens? Será um prazo curto ou será um prazo longo?

Infelizmente não existe apenas uma resposta, porque dependendo da situação financeira do agregado familiar pode ser mais vantajoso um prazo mais curto ou um prazo mais longo. Alguns critérios a ter em conta na escolha do prazo:

Aprovação do Crédito

Se pretender um prazo de maturidade reduzido o crédito é aprovado? Sim ou não?

  • Se a resposta é sim, esta pode ser uma opção, mas será que é a melhor escolha?
  • Se a resposta é não, deixa de ser uma opção o prazo mais curto e temos que optar por um prazo mais alargado.

Finalidade do Crédito

  • Comprar carro?
  • Fazer obras na habitação?
  • Consolidar créditos?
  • Pagar os estudos?
  • Comprar Casa

A finalidade do crédito é um fator muito importante na escolha do prazo, porque vai poder associar o prazo à finalidade e ao bem ou serviço que está adquirir.

Quando está a comprar um carro novo, possivelmente quer associar o crédito ao prazo da garantia do carro, para quando acabar a garantia, caso pretenda, comprar um carro novo para voltar a ter a garantia e nunca ter grandes preocupações de manutenção. Existem vários tipos de créditos que asseguram esta possibilidade ao cliente, como o leasing ou ALD.

Mas se pretender fazer obras na habitação, caso sejam obras profundas, talvez a melhor opção seja associar o crédito à vida útil das melhorias que efetuou na habitação. Possivelmente nos próximos 30 anos, não volta a aumentar a sala de estar, ou deixa de ter 3 quartos para passar a ter 1 quarto e uma suite, por isso o ideal é optar por um prazo mais dilatado no tempo.

Se a finalidade do crédito é estudar, o ideal é um prazo mais longo, porque durante o período em que está a estudar o seu rendimento tende a ser inferior, e pressupõem que quando acabar o curso, vai conseguir obter um maior rendimento no mercado de trabalho. Existem atualmente créditos específicos que se ajustam a esta finalidade e com taxas de juro mais reduzidas.

Se o objetivo do crédito é consolidar créditos, o ideal é que o prazo seja o mais alargado possível, para garantir que a taxa de esforço é reduzida. O objetivo é reduzir o risco de possíveis incumprimentos e dar a possibilidade ao titular de começar a poupar, poder ter um novo inicio de vida e ter a possibilidade de conseguir amortizar o crédito com a poupança que vai obter todos os meses.

Taxa de Esforço, o Critério mais Importante

A taxa de esforço de todos os seus créditos não deve ultrapassar os 50% do seu rendimento líquido. Porque este valor e não outro qualquer? Num mundo perfeito não seria necessário contrair créditos para podermos manter certos padrões de vida, mas infelizmente nem sempre é possível. O objetivo é que fique com alguma margem no seu orçamento familiar para conseguir poupar e fazer face a possíveis imprevistos que possam surgir. Quando maior a percentagem de rendimento que canalizar para pagar prestações, menor será a sua qualidade de vida. Vai chegar a conclusão que vive e trabalha para pagar prestações, deixa de ter capacidade de poder decidir o seu futuro.

Antes de escolher o prazo, deve primeiro decidir qual a percentagem de “qualidade de vida que está disposto a abdicar” hoje para melhorar a sua qualidade de vida no futuro. Se decidir que está disposto abdicar de 50% do seu rendimento líquido para pagar prestações, deverá escolher o prazo que se enquadre nessa taxa de esforço, seja ele 3 anos ou 10 anos. Acima de tudo, deve garantir que consegue fazer face a todos os seus compromissos. Quando isso acontece, o prazo torna-se secundário, porque não vive em função dos créditos mas sim em função dos seus sonhos e desejos.

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