Um dos maiores receios de quem pensa em iniciar um pequeno negócio é não conseguir gerar rendimentos capazes de satisfazer todas as responsabilidades de curto prazo.Muitos especialistas dirão que uma ideia de negócio viável juntamente com um estudo de mercado eficaz é meio caminho para o sucesso dos pequenos negócios. No entanto, existe um elemento na generalidade dos pequenos negócios que é fundamental para o sucesso dos mesmos, os clientes.
Os Clientes são a Base de Sucesso de Qualquer Negócio
Os clientes ditam o sucesso do pequeno negócio e é sobre estes que deve-se centrar 80% de todos os esforços do pequeno empresário e da sua equipa. Muitas vezes assisto a aberturas de pequenos negócios onde todos os elementos estão reunidos, nomeadamente, o marketing, o produto ou serviço, a equipa capaz e a localização em conformidade, no entanto, em poucos meses estes negócios encerram suas portas por falta de clientes. No entanto, mesmo com a existência de clientes existem outros factores que comprometem o sucesso dos pequenos negócios que, senão identificados, analisados e contabilizados podem mesmo os levar ao falhanço total.
1# Falta de Gestão Financeira
Do ditado popular surge o “chapa ganha chapa gasta” que muitos pequenos empresários ignoram. Muitos dos pequenos empresários não compreendem a importância da gestão financeira nos seus negócios independentemente da dimensão dos mesmos.
Aceitam que todo o dinheiro que concretizam via vendas ou prestação de serviços é seu por direito e que o podem utilizar conforme o entenderem. Isto não é verdade pois o pequeno empresário apenas deverá colher os lucros do seu negócio depois de cumprir com todas as suas obrigações e responsabilidades.
Todo o pequeno empresário que adopta o processo de capitão, ou seja, último a abandonar o navio, sabe que deverá ser o último a receber dinheiro. Logo, terá maior sensibilidade com os custos da sua atividade e estará mais atento a pormenores que o farão perder dinheiro.
Por exemplo, com um volume de negócios considerável para atividade muitos empresários encontram refúgio para novos investimentos que apesar de possuírem a probabilidade de impulsionar o negócio possuem igualmente o risco de prejudicar a saúde financeira do atual negócio.
De igual modo, a liquidez proporcionada pelo sucesso aparente do negócio cria novos desejos empresariais levando os pequenos empresários a satisfazerem esses desejos como necessidades eles fossem.
2# Crescer Demasiado Depressa Pode Matá-lo
Crescer demasiado depressa poderá colocar os pequenos negócios em risco, sempre que este crescimento não é acompanhado com alicerces sólidos.
O crescimento leva a adequação da estrutura de negócio à nova realidade que senão for planeada, esta estará desenquadrada. Este tipo de crescimento leva ao recurso a fontes de financiamento que não se encontram previstos na estrutura financeira da empresa criando um desequilíbrio financeiro que poderá prejudicar o negócio assim que o crescimento abrandar.
Momentos de abundância levam geralmente a aumentos de responsabilidades, como por exemplo, mais custos com pessoal, maiores investimentos de curto e longo prazo com recurso a crédito, maiores stocks e maiores necessidades de fundo maneio que regra geral são satisfeitas pelos bancos.
Crescer deve ser o desejo de qualquer pequeno empresário, mas com peso e medida. Crescimento planeado, estratégico e perfeitamente contabilizado na realidade da empresa e sempre com um plano B.
3# Plano de Negócios Ineficiente ou Mal Construído
Um plano de negócios, quando bem elaborado, ajuda-o a traçar o caminho do seu negócio. Ele representa o futuro da sua estratégia de negócio e mantêm presente os objectivos que definiu. A maioria dos pequenos empresários não elabora um plano de negócios e quando o elabora não dedica o tempo necessário para determinar o impacto futuro do mesmo. O que acontece é que uma peça estratégica como o plano de negócios acaba arquivado numa qualquer capa de arquivo.
Um plano de negócios é uma peça que deve estar sempre presente, junto ao empresário, para que este juntamente com o apoio contabilístico determinar a implementação do mesmo e os desvios existentes, junto da atividade comercial, analisar a procura e refinar a estratégia, junto dos serviços, analisar os métodos de trabalho e a produtividade, entre outros.
É necessário mudar a atitude e procurar acompanhar o plano de negócios com vista a melhoria continua, adaptando os seus objectivos à nova realidade.