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Se tem crédito habitação e já procurou formas de negociar o crédito provavelmente já ouviu falar de carência de capital. Mas sabe o que é ao certo?

Conceito

Uma carência de capital é uma modalidade que permite, durante um período de tempo, ficar a pagar apenas a parte da prestação referente aos juros. Desta forma, faz uma pausa à redução do capital em dívida, de forma que a prestação diminua significativamente durante esse período, pois só está a pagar juros.

Explicação

Qualquer prestação bancária é composta por duas partes: amortização ao capital e pagamento de juros

 

Prestação crédito = amortização capital + juros

 

Quanto maior é a taxa de juro, maior é o peso desta parcela no valor da prestação, pelo que demorará mais tempo a liquidar a totalidade desse crédito. Esta situação é particularmente importante nos cartões de crédito, onde os clientes estão a pagar a modalidade mínima e têm taxas de juros muito elevadas. Embora o valor possa não ser tão significativo como, por exemplo, num crédito habitação, um cliente poderá ficar quase tanto tempo a pagar esse cartão como um crédito hipotecário, uma vez que cada prestação paga está a reduzir muito pouco ao capital em dívida.

No caso do crédito habitação temos taxas de juros muito mais reduzidas, pelo que a carência poderá fazer mais sentido devido à expressão da poupança que obtém.

Regra geral, uma carência de capital é atribuída por um período de 6 a 24 meses. Embora existam casos com carências mais prolongadas no tempo. A poupança que obtém no imediato com a carência de capital deve ter uma finalidade, pois este é um período de exceção e, como se disse acima, não está a diminuir o valor da dívida.

Exemplo Prático

Se hoje tiver um capital em dívida de 100.000€ e se usufruir de uma carência de capital de 24 meses, quanto terá em dívida no final do período de carência? Terá exatamente os mesmos 100.000€ e com menos tempo para os liquidar. Esta situação poderá implicar um aumento da prestação do seu crédito após o período de carência. Para garantir que não aumenta a prestação é importante tentar negociar também um alargamento de prazo.

Mesmo com o eventual aumento do valor da prestação findo o prazo da carência, esta modalidade pode fazer sentido, pois deverá permitir que utilize esta poupança para liquidar outros créditos mais caros que tenha em seu nome.

Imagine que tem 2 cartões de crédito e um crédito habitação. Se negociar a carência vai ter liquidez para amortizar mais rapidamente os cartões de créditos (que têm taxas de juro muito mais elevadas). Desta forma, no dia que terminar a carência poderá já não ter esses cartões e mesmo que a prestação do crédito habitação aumente, vai ter uma taxa de esforço mais reduzida.

Notas finais

Atenção, que uma carência de capital pode acontecer noutros créditos que não sejam hipotecários. Por último, é importante referir que é possível negociar carências parciais de capital. Ou seja, a prestação reduz menos do que numa carência total de capital, mas além dos juros sempre vai pagando algum valor do capital em dívida. Por exemplo, temos conseguido negociar com alguns bancos carências de capital de 50%. Isto é, paga a totalidade dos juros e paga metade da parte referente à amortização do capital.

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