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A economia está a crescer e a surpreender. Mas este crescimento tem alicerces muito frágeis porque tem vindo a ser suportado, em parte, pela queda da poupança (que está em mínimos históricos) e em parte pelo regresso do endividamento (que cresce de forma preocupante).

A Crise Está A Ser Esquecida

Aparentemente a crise já passou há muito na mente das pessoas, que procuram recuperar alguma da qualidade de vida e do conforto que perderam, mesmo que para tal se comprometa o futuro e nos exponhamos a riscos de reincidência de problemas vários.

Esta semana ficámos a conhecer outro dado que é revelador dos perigos ao virar da esquina. O incumprimento de contratos de crédito voltou a crescer. E voltou a crescer em parte porque nos últimos anos foram utilizadas estratégias de redução de prestações muito assentes em cuidados paliativos.

Os Períodos De Carência Podem Ser Perigosos

Por exemplo, a atribuição de períodos de carência em contratos de crédito deve ser vista como uma solução transitória e pontual que permita às famílias ajustar os seus orçamentos e cortar custos. Traz consigo a tentação da imobilidade pelo conforto transitório que transmite. Um conforto que acaba. E que acabou para muitas famílias.

Os problemas financeiros devem ser resolvidos pela raiz. Para reduzir de forma estrutural os custos financeiros devemos negociar todos os contratos, cortar custos e encontrar uma harmonia entre as prestações e os orçamentos, tendo em mente que não podemos comprometer o futuro com soluções de curto prazo. Mas isto apenas é possível com uma visão de longo prazo e com aconselhamento de qualidade. Não será por acaso que as imparidades dos bancos foram tão penalizadoras nos últimos anos.

Nota: Artigo adaptado de crónica no Jornal Destak

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