Nos dias que correm, existe uma grande oferta no que respeita à produção e ao consumo dos mais variados bens. Para além de todas as ofertas possíveis, foi criado todo um sistema financeiro que permite acompanhar e facilitar a aquisição desses bens, desde a proliferação dos cartões de créditos, às financeiras ou à facilidade na aquisição de créditos pessoais, entre outros.
O grande mote é «compre já e pague agora… ou pague depois… ou logo se vê como poderá pagar».
Este facilitismo, no entanto, poderá esconder uma série de armadilhas, já que o «pagar depois» poderá originar duas situações financeiras perigosas e a evitar:
- O risco da acumulação de dívidas, através dos cartões de crédito (conheça a solução para eliminar mais rápido o seu cartão de crédito), fazendo com que, no final do mês, o seu rendimento total fique aquém das dividas que contraiu. Ou seja, vive sempre em défice por não conseguir fazer face ao valor em dívida;
- Os juros associados a esse pagamento atrasado, que ainda agravam mais as dívidas que já tem que regularizar.
Educar pelo exemplo
Para além de todos os riscos que estas questões trazem para a saúde financeira da família, não nos podemos esquecer que os filhos, esses pequenos seres «aparentemente» ingénuos, absorvem e imitam tudo aquilo que os pais fazem, na expetativa de se igualarem aos pais.
É importante que lidere a sua família pelo exemplo, demonstrando que os seus padrões de comportamento são elevados e que vão ao encontro daquilo que quer transmitir aos seus filhos.
O dinheiro exige esforço para ser ganho, e este facto poderá ser constatado pelo seu filho quando, por exemplo, vê o pai ou a mãe não só a cuidar muito bem da sua família e a passar tempo de qualidade em família, mas também quando têm a preocupação de aumentar a sua competência profissional, seja pelo estudo, pela leitura ou por outros mecanismos de aperfeiçoamento que estão ao seu alcance.
Viver com o que nos pertence
Proteja os seus filhos do falso facilitismo em adquirir todos os bens e mais alguns.
É importante educar financeiramente o seu filho. Pode começar por falar com ele usando a velha máxima que «o dinheiro não cresce nas árvores», que aquisição do dinheiro implica esforço, trabalho e competência, pelo que é importante que trabalhe para estudar bem e ter um emprego adequado às suas expectativas e capacidades.
Em termos práticos, pode evitar a utilização de cartões de crédito ou o hábito de «pedir fiado» na mercearia ou na padaria quando está com os seus filhos. No entanto, se tiver de o fazer, explique sempre os motivos e garanta que irá regularizar a dívida o quanto antes.
Não são os bens que tem ou que dá ao seu filho que definem a sua família nem que proporcionarão uma felicidade em pleno, mas sim os valores e formas de estar na vida que o vão fortificar e fazer crescer como um ser humano com mais carácter e mais completo, humanamente falando.