Esta semana ficámos a conhecer algumas medidas que serão apresentadas em breve para promover a conciliação da vida profissional com a vida pessoal. Este não é local para discutir se estas são as medidas adequadas. Antes, queremos felicitar a preocupação por este tema tão importante e apelar para que seja consequente, porque já nos habituamos a chavões e medidas bonitas que depois não têm aplicação prática ou que ninguém liga.
Pensar na conciliação destas duas realidades é fundamental. Este pensamento deve começar nos próprios trabalhadores e nas suas opções profissionais (por exemplo, na orientação que dão às suas carreiras e na escolha da entidade patronal) que deverão perceber claramente quais são as suas prioridades. Deve também passar pela consciencialização das chefias e dos empresários de que um trabalhador feliz é um trabalhador mais produtivo pois consegue dar mais sentido à sua vida e olhar para o seu trabalho como um projeto de vida e não como uma obrigação infeliz.
Na Reorganiza valorizamos mais o perfil das pessoas e as suas aspirações pessoais do que as suas competências técnicas. Talvez porque o nosso negócio seja um negócio que envolve uma grande sensibilidade humana e social. Mas alegramo-nos quando a família cresce e damos desde logo o exemplo de que a vida deve ser vivida em todas as suas vertentes. É certo que com isto poderíamos perder no curto prazo, pois as nossas equipas trabalham menos horas. Não acreditamos que perdemos, pois sabemos a importância da felicidade no trabalho. Mas mesmo que perdêssemos em rentabilidade, saber que as pessoas que connosco trabalham têm um projeto de vida sólido, ganhávamos muito. Porque não vivemos apenas para ganhar dinheiro. Vivemos para ser felizes, em sociedade.
Nota – Artigo de opinião publicado no Jornal Destak