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Quer sair de casa dos pais e está a pensar na melhor solução? Está farto de pagar rendas altas por casas que não vão ficar para si? A compra de casa poderá ser a solução, mas é importante conhecer como funciona o Crédito Habitação Jovem, os cuidados e as dicas para tomar a melhor decisão.

Comprar é melhor do que arrendar?

Antes de se decidir pela compra de uma casa é fundamental perceber que nem sempre é melhor comprar casa. O arrendamento tem as suas vantagens, nomeadamente ao nível da flexibilidade. É provável que esteja numa fase inicial da sua carreira e pode valorizar a flexibilidade de mudar de casa. Pode ser que tenha uma oferta de emprego noutra cidade ou mesmo noutro país, por exemplo.

É certo que o mercado de arrendamento em Portugal é miserável, o que faz com que as rendas sejam demasiado elevadas, ainda para mais para os jovens. No entanto, existem diversos custos escondidos na compra de casa, nomeadamente impostos, seguros, manutenção, condomínios e outros que tais. Ao arrendar, a renda que paga ao senhorio é também elevada para suprir todos estes encargos, mais o retorno do investidor e o risco de incumprimento.

Se decidiu comprar casa…

Se já se decidiu que a melhor solução é comprar a sua casa, com alguma probabilidade irá precisar de crédito habitação jovem. Assim sendo, e antes de avançar deverá ter em consideração que precisa de dispor de capitais próprios. Os bancos não lhe dão crédito pela totalidade do valor da compra, sendo que ainda tem de suportar diversos custos e impostos. Logo, conte ter pelo menos 15% do valor da aquisição:

  1. IMT – Ao comprar uma casa terá de pagar ao Estado o imposto municipal sobre transações, um imposto cuja taxa varia de acordo com o valor de aquisição. Quanto maior for, maior será a taxa;
  2. Entrada Inicial – A generalidade dos bancos permite-lhe ter um financiamento de 90% do valor da compra ou da avaliação, dos dois o mais baixo. No entanto, poderá ser necessário um pouco mais, especialmente se quiser melhorar as condições de financiamento (taxa de juro mais baixa);
  3. Escritura – O processo de compra envolve a avaliação do imóvel (que tem custos cobrados pelo banco) mas também custos de registos e notariado.

Dica – Utilize o simulador de IMT para perceber quanto terá de pagar.

Perceba “quanta casa pode comprar”

Antes de se por no terreno à procura de casas é necessário perceber “quanta casa pode pagar”. Por outras palavras, tendo noção dos capitais próprios de que necessita e tendo por base os rendimentos e despesas do seu agregado familiar, é altura de perceber qual o valor máximo de crédito que pode pagar.

Saber a taxa de esforço e calcular o valor de financiamento é passo essencial para afinar o processo de pesquisar. Neste processo, poderá ser prudente procurar uma pré-aprovação do seu crédito, sujeita à avaliação do imóvel. Deste modo, sabe à partida que aquele montante pré-aprovado será financiado se comprar a casa a um preço razoável.

Dica: Use o nosso simulador de valor máximo de crédito habitação para ter uma ideia genérica do montante que será financiado.

Em que consiste o crédito habitação jovem?

O crédito habitação é um processo de financiamento bancário que tem por base a garantia de um ou mais imóveis. Estes processos não diferem muito de banco para banco, podendo existir estratégias de marketing mais vocacionadas para os jovens. No entanto, estas estratégias tenderão a ser mais argumentário comercial e não tanto as melhores propostas para si.

Dito isto, é fundamental percebermos que o crédito habitação para jovens tem associado um nível de risco potencialmente mais elevado, apesar de a prestação mensal poder ser mais baixa (por efeito de prazos maiores e custos com seguros de vida mais reduzidos):

  • Baixos Salários – Um problema crónico no nosso país e que afeta especialmente as camadas mais jovens. Os baixos salários afetam a taxa de esforço e limitam o montante máximo a financiar;
  • Precaridade – Outro problema transversal à nossa sociedade é a dificuldade em ter contratos de efetividade (os chamados contratos sem termo) e a proliferação dos recibos verdes. Tenha em mente que para ter acesso ao crédito é necessário demonstrar estabilidade de rendimentos e os contratos a termo têm o risco acrescido de poderem ser terminados.

Principal benefício do crédito habitação jovem

O crédito habitação jovem é um crédito que pode ter prazos de duração bastante dilatados (de notar que os prazos máximos têm sido reduzidos por imposição do Banco de Portugal). Como sabemos, quanto maior o prazo, menor a prestação a pagar todos os meses, embora acabemos por pagar mais juros durante todo o contrato. Por exemplo, a diferença de 5 anos num contrato de 100.000€ com taxa de juro de 1% será de 40€ por mês. Mantendo tudo o resto constante, esta diferença poderá representar cerca de 7% do montante do crédito. Ou seja, poderá fazer com que o banco só lhe empreste 92.000€ ao invés dos 100.000€ de que necessita.

Dica – Utilize o simulador de crédito para saber qual seria a sua prestação para diferentes prazos, montantes e taxas de juro.

Outras características importantes

Dependendo dos vários bancos, poderão existir diferentes ofertas para os clientes mais jovens. Por exemplo, há bancos que conferem bonificações no spread aos clientes mais jovens, como forma de os captar mais cedo para a sua esfera comercial (não esquecer que o crédito habitação é um produto âncora). Outros bancos permitem associar o cliente jovem às condições dos pais, o que acaba por ser bastante benéfico. Outros, ainda, permitem usar a casa dos país como garantia para financiamento de capitais próprios às mesmas condições do crédito dos filhos.

A mensagem importante a reter é que existem soluções de financiamento para que os jovens possam comprar as suas habitações, existindo um benefício de contactar um consultor especializado para esclarecimento de todas as dúvidas.

Em que consiste a figura do fiador

No processo de crédito habitação jovem, será provável (mas não garantido) que tenha de dar um fiador à operação. Assim, é importante que perceba que o fiador é a pessoa que ficará a pagar a prestação no caso de o cliente não conseguir pagar. O fiador tem o risco de pagar e o não tem muitos direitos (pelo menos no curto prazo). Logo, tenha muito cuidado na avaliação do seu pedido de crédito para evitar problemas aos fiadores.

Vale a pena pedir crédito habitação no seu banco?

Esta é uma dúvida muito comum. Mais um “mito urbano” que importa desconstruir. É certo que o banco com que costuma trabalhar o conhece melhor do que os outros bancos, na medida em que tem acesso aos vários extratos bancários, conhecendo o seu perfil de consumo. Dito isto, não é garantia de que este banco lhe dê as melhores condições do mercado. Aliás, é provável que não o faça, pois, muitos clientes, acreditando neste “mito urbano”, acabam por não consultar outros bancos.

A palavra de ordem no crédito habitação é negociação. O seu consultor Reorganiza irá procurar a melhor oferta num conjunto de bancos mais adequados ao seu perfil, o que permitirá ter acesso às melhores condições de mercado.

Como analisar uma proposta de crédito habitação?

Tendo acesso a diversas propostas de crédito habitação, é fundamental que tenha em atenção um conjunto de critérios, nomeadamente:

  • Custo total da operação, que inclui a taxa de juro contratada (nomeadamente o spread) e todos os custos associados;
  • Comissões diversas;
  • Possibilidade de contratação do seguro de vida noutra seguradora;
  • Cobertura do seguro de vida do banco;
  • Custos recorrentes na relação com o banco;
  • Obrigatoriedade ou não de ter fiador

É fundamental que faça uma análise aprofundada dos vários critérios e que não se foque apenas no spread. Não se esqueça que o crédito habitação o vai prender ao banco durante vários anos, pelo que o seu âmbito de análise deve ser mais abrangente, pensando no longo prazo. Neste contexto, falamos dos custos com seguro de vida (no caso dos jovens acaba por ser menor), custo com cartão de débito e cartão de crédito, comissões diversas, entre outros.

Como terá ficado claro, existem soluções de financiamento na banca para todos os gostos, feitios e necessidades, sendo necessário um acompanhamento profissional, personalizado e sem qualquer custo. O seu consultor Reorganiza ajuda-o ao longo de todo o processo e esclarece todas as suas dúvidas. Vamos começar?

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