Devem ser poucas as pessoas que nunca ouviram falar no défice do orçamento de Estado. O défice tem dominado o país nos últimos anos mas talvez seja importante clarificar por que motivo é um tema tão importante.
O Que É O Défice Orçamental?
Na realidade, o saldo orçamental é a diferença entre o que o estado recebe em impostos e aquilo que paga. Se as receitas são maiores do que as despesas temos um superavit e se são inferiores temos um défice.
Défice Orçamental – Acontece quando as despesas do Estado são superiores à receita do Estado num determinado ano.
O problema é que ter um défice quer dizer que vamos ter de nos endividar (ou mandar despesas para pagamento em anos posteriores, como as célebres PPP). E se nos endividamos pagamos juros, o que obriga a que no futuro tenhamos de cortar mais na despesa ou subir ainda mais os impostos.
Portugal Tem Vindo a Acumular Muita Dívida
Nas últimas décadas o país tem vindo a acumular dívida (resultante do défice) e os juros aumentam consideravelmente. Isto apesar de todos os anos aumentar a carga de impostos (diretos e indiretos). Em última análise, a despesa não para de subir, e ficamos alegres quando o défice em vez de ser de 3% é apenas de 2.4%. Como se isso fosse extraordinário.
Para materializarmos mais este assunto, imaginemos uma família. Se tiver uma gestão irresponsável (por exemplo, gastar demasiado para agradar aos seus filhos), o pai terá de cortar depois na despesa ou terá de trabalhar mais. Endivida-se enquanto puder e quando nenhum banco dá mais crédito… considera o banco o aldrabão, o gestor de conta o desonesto e nunca se questiona se não deveria ter um comportamento mais responsável.
O Que Concluir?
Não será o défice das famílias resultado do défice do estado? Ou será o contrário? Os dados mais recentes mostram-nos que o endividamento está em valores máximos de 2008. E agora temos de nos questionar se esse é o caminho mais correto. Se não devemos cortar custos para poupar dinheiro. Se não devemos parar de contrair novo crédito. Se não será recomendável consolidar créditos ou transferir o seu crédito habitação para poupar dinheiro. O que acha?
Nota: Adaptado de crónica no jornal Destak