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Esta semana foram confirmados os dados preliminares quanto ao crescimento da economia portuguesa, registando-se um abrandamento económico. Este abrandamento deveu-se fundamentalmente às exportações (onde se incluem as receitas do Turismo) e isto apesar do consumo das famílias continuar a ter um papel importante.

Neste cenário, é de esperar uma revisão em baixa das previsões para 2019. O mote será o impacto do Brexit ou da desaceleração da economia mundial, claro que ignorando que em Portugal andamos preocupados em aumentar os custos e direitos e em cortar o investimento. Se temos objetivos de défice (que mais não é do que a diferença entre as receitas e as despesas) e se a vertente da receita vai cair, temos dois caminhos:

  • Ou cortamos as despesas, o que parece impossível em ano de eleições e dado o cenário atual de desinvestimento e gastos públicos).
  • Ou aumentamos receitas, por via do aumento dos impostos, o que também é difícil, pelo menos de forma transparente. Por exemplo, talvez não tenhamos reparado mas o imposto sobre o crédito quase que duplicou nos últimos meses, algo que penaliza muitas famílias mas que não se queixam pois muitas veem essas despesas também elas financiadas pelos bancos.

Cada vez mais somos confrontados com a realidade dos números. Percebemos agora que não é possível enganar a matemática e que o exercício da política económica é um exercício de opções, quaisquer que elas sejam. O mesmo se passa com as famílias. Temos de tomar opções, viver uma gestão financeira conservadora porque somos responsáveis por elas. Agora pensemos se faz algum sentido continuarmos a trajetória de endividamento e de queda da poupança (nunca esteve tão baixa, apesar do “fim da crise”)

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