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O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios assinalou-se a 18 de abril e o país que os portugueses (re)descobriram durante a pandemia está cheio de riqueza e histórias para contar. Aproveite as pontes, feriados e fins de semana prolongados deste ano para conhecer alguns destes lugares que lhe vão acrescentar muito.

Neste dia a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) convida à participação de todos na organização de iniciativas enquadradas no tema de 2022: ‘Património e Clima’. A ideia é abraçar as grandes causas da sustentabilidade e da economia circular do ponto de vista do Património Cultural, que tem vindo a sofrer, em maior ou menor grau, os efeitos do aquecimento global, da alteração de ecossistemas envolventes, de situações de seca extrema ou de exposição à subida das águas, por exemplo, sensibilizando o público para a defesa do património enquanto causa comum, reforçando os laços das comunidades.

Siga estas pistas:

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém

Monumento incontornável da paisagem lisboeta, este mosteiro situado em Belém mesmo à entrada do Rio Tejo, constitui o ponto mais alto da arquitetura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal. Foi encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, e financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. O monumento é considerado património mundial pela UNESCO, e em 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.

A Torre de Belém é outro símbolo maior da época dos Descobrimentos e ponto de partida para muitas das mais importantes viagens marítimas. Construída em 1515, foi pensada como uma fortaleza para proteger a entrada do Porto de Lisboa.

Castelo de Guimarães

Guimarães é o berço de Portugal e é um símbolo das lutas pela independência travadas pelos portugueses ao longo dos tempos, tendo sido também o local de nascimento do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. O seu castelo foi construído como uma fortaleza de proteção para os monges e a comunidade cristã. Ergue-se forte, com paredes de pedra, sendo acompanhado por um largo jardim e acompanhado por outros pontos de interesse na cidade que não deve perder, como o Largo da Oliveira.

Palácio Nacional da Pena, Sintra

O Palácio Nacional da Pena, localiza-se na vila de Sintra, no distrito de Lisboa. Representa uma das principais expressões do Romantismo arquitetónico do século XIX no mundo e é para turistas do mundo inteiro uma espécie de palácio de conto de fadas. O Palácio pintado em tons de rosa velho e amarelo é constituído por um antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo e uma outra parte, construída no século XIX, por D. Fernando II. O restante passeio por uma das vilas com mais património do país é imperdível, nesta vila entre o mar e a serra, dotada de um microclima húmido, uma vegetação fantástica e que mistura a história, com a beleza e um romantismo sem paralelo.

Cromeleque dos Almendres, Évora

O Cromeleque dos Almendres fica na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, no concelho de Évora. Constitui-se num círculo de pedras pré-histórico (cromeleque) com 95 monólitos de pedra. É o monumento megalítico do seu tipo mais importante da península Ibérica, e um dos mais importantes da Europa, não apenas pelas suas dimensões, como também pelo seu estado de conservação. A região de Évora é densamente coberta por sítios arqueológicos que vão desde o início do Neolítico (7000 a 8000 anos atrás) até a Idade do Ferro, abrangendo menires, antas, necrópoles e povoações pré-históricas.

Vila de Monsaraz, Alentejo

A beleza incomum da vila de Monsaraz tem um encanto especial que fascina quem visita a vila alentejana nas margens da barragem do Alqueva. Encanta qualquer um graças às suas casas caiadas de branco, às suas ruas de xisto, às suas muralhas e ao seu castelo. Programe uma visita e aproveite para fazer a observação do céu com telescópios, num dos melhores locais na Europa para o fazer.

Castelo de Almourol, Vila Nova da Barquinha

Localizado a cerca de 1h15 de Lisboa, o Castelo de Almourol é um dos castelos mais bonitos de Portugal, sobretudo pela paisagem onde está inserido. Um castelo erguido no meio do rio Tejo torna-se especial, como se de uma paisagem de filme se tratasse. É um dos símbolos da Reconquista Cristã. A zona já era habitada no tempo da ocupação romana da península e, a partir do século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, que a terão conquistado aos visigodos. Almourol foi mais tarde conquistado por D. Afonso Henriques, em 1129, que o entregou à Ordem do Templo. Esta ordem é responsável pela reconstrução do castelo, conferindo-lhe as características das fortificações templárias, por volta de 1171.

Convento de Cristo, Tomar

O Convento de Cristo é um monumento na cidade de Tomar (freguesia de S. João Baptista), classificado pela UNESCO como Património Mundial. Foi fundado em 1160 pelo Grão-Mestre da Ordem dos Templários, dom Gualdim Pais, e ainda conserva memórias desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede. Sob Infante D. Henrique o Navegador, Mestre da ordem desde 1418, foram construídos claustros entre a Charola e a fortaleza dos Templários, mas as maiores modificações verificam-se no reinado de D. João III (1521-1557). Datam da época quinhentista a nave manuelina com o pórtico principal, a sala do capítulo com a sua janela considerada uma das obras-primas do manuelino.

Monsanto, Idanha-a-Nova

A aldeia histórica situada na região de Idanha-a-Nova oferece das paisagens humanas mais interessantes que se podem encontrar em Portugal. O aglomerado vai-se desenvolvendo sobre a encosta do cabeço aproveitando grandes pedregulhos de granito para as paredes das habitações. Monsanto, num concurso realizado em 1938, foi considerada ‘a aldeia mais portuguesa de Portugal’, pela autenticidade da sua cultura. A difícil subida até ao castelo é compensada por um dos mais deslumbrantes miradouros daquela região.

Parque Arqueológico do Côa, Foz Côa

Criado em 1996 com o intuito de proteger e musealizar a arte rupestre existente no local, o Parque Arqueológico do Vale do Côa propõe um sistema de visitas onde é primordial o equilíbrio entre o máximo usufruto do espaço e a preservação tanto das gravuras milenares como da paisagem que as alberga. Atualmente, o Parque oferece-lhe a possibilidade de realizar visitas acompanhadas por um guia a quatro dos mais importantes núcleos do vale – Penascosa, Canada do Inferno, Ribeira de Piscos e Fariseu – em viaturas todo-o-terreno que partem da sede e de dois centros de acolhimento, em Castelo Melhor e Muxagata.

Açores: Angra do Heroísmo e Ponta Delgada

Visite a Ilha de São Miguel e aprecie Ponta Delgada, a maior cidade e capital da região autónoma dos Açores, um lugar cosmopolita pleno de excelentes exemplos de património civil e religioso. O património natural é também fundamental, nomeadamente as suas nascentes vulcânicas, e Lagoas como as do Fogo e das Sete Cidades.

Na Ilha Terceira percorra o centro histórico de Angra do Heroísmo, outra pérola deste arquipélago, que já foi capital do país duas vezes, e é também património mundial da Unesco desde 1983.

Não se esqueça: o tempo mais ameno convida a sair, por isso programe uma visita com família ou amigos. Visite os sites oficiais dos monumentos, sítios e museus e perceba horários e oportunidades de desconto para grupos, faixas etárias, cidadãos com necessidades especiais e outros. Existem centenas de monumentos e sítios, impossíveis de elencar aqui, deixámos-lhe acima uma pequena seleção, mas sugerimos que acompanhe o sítio da DGPC e também a imprensa ligada ao turismo e viagens: escolha todos os anos algumas destas maravilhas para ir conhecendo. Visitar o património é ajudar a preservá-lo: aventure-se e divirta-se!

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