O nosso mundo mudou há poucos dias: muito poucos dias. Embora se conheça o vírus Covid-19 desde dezembro último, a pandemia instalada, as mutações na Europa, o caso extremo de Itália e a declaração do estado de emergência em Portugal, tudo contribui para que a economia esteja agora em grande aflição, prevendo-se uma quebra de mais de 5%, por boa parte dos analistas.
O governo e mesmo as instituições europeias têm vindo a aprovar, dia a dia, várias tranches financeiras para apoios extraordinários a famílias, trabalhadores, empresas, instituições sociais e muitas outras estruturas. Os cortes de bens essenciais, como água ou luz também estão congelados.
Depois do exemplo de Itália, onde as prestações do crédito habitação foram suspensas para fazer face ao surto epidémico e suas consequências, a Caixa Geral de Depósitos anunciou uma medida semelhante, acreditando-se que outros bancos poderão vir a seguir o exemplo.
Precisamos, no entanto, de ser realistas e quanto mais cedo, melhor para nos prevenirmos. Se é freelancer, se tem contrato a prazo ou passa por um período de experiência, se é um pequeno empresário, se pertence a uma atividade muito afetada com esta paragem ou se prevê que na sua família várias pessoas possam ver os seus rendimentos diminuídos… está na hora de reagir.
O que fazer então?
Há várias situações que pode e deve equacionar para já, para além das medidas que todos sabemos que devemos cultivar sempre – haja ou não vislumbre de crise – como manter um fundo de maneio e reduzir custos desnecessários com telecomunicações e outros consumos não essenciais.
Nesta fase, já pensou em consolidar créditos que tenha e de renegociar, para já, os seguros que tem?
Sente-se à mesa com quem vive em economia comum e façam contas já. Faça simulações e consulte a oferta que o mercado tem.
Há muitos consumidores que ainda não têm noção de que a oferta bancária mudou muito nos últimos anos e que podem e devem, anualmente, perceber quem lhes dá as melhores condições e onde podem poupar mais neste tipo de opções que são obrigatórias – basta que tenha um crédito habitação, por exemplo.
Tem dúvidas sobre o crédito consolidado?
O crédito consolidado é uma solução que permite juntar todos os créditos num só, reduzindo as prestações mensais. O consumidor contrata um novo crédito semelhante a um empréstimo pessoal, para liquidar todos os restantes créditos e a sua poupança mensal que pode representar até 60%. Evita o pagamento de juros e comissões por atrasos e pode ser uma solução viável para continuar a cumprir os compromissos financeiros e aliviar as pessoas em tempo de escassez.
O alargamento do prazo nesta modalidade pode representar um aumento dos juros suportados ao longo de todo o contrato, por isso é sempre aconselhável que, contratando um prazo estendido, faça amortizações antecipadas sempre que tiver disponibilidade financeira.
Como intermediários de crédito com solidez no mercado, podemos ajudá-lo a gerir melhor a sua situação nesta fase de incerteza financeira que se avizinha.
Tem um Seguro de Vida associado ao Crédito Habitação?
Este é mais um exemplo de um seguro que faz sentido renegociar e que deve entrar no pacote de contenção que deve impor, desde já, às suas finanças pessoais.
A transferência do Seguro de Vida é possível por lei há já alguns anos, desde 2009, embora muitos consumidores ainda o desconheçam. Nenhum banco pode impedir a transferência para uma outra seguradora que não seja aquela que o banco recomenda. Muitas vezes compensa mudar: fica a ganhar mesmo que o banco lhe possa agravar ligeiramente o spread.
O consumidor deve fazer a comparação com todas as variáveis e fazer as suas contas. Há ofertas em que pode conseguir poupanças significativas de até 60%. Um bom seguro de vida habitação terá um bom equilíbrio entre as coberturas que proporciona – não precisa de todas as coberturas, mas das adequadas à sua vida e carteira – e o preço que paga pelo seguro.
Vale a pena simular para o seu caso concreto e ficar a saber quais as suas hipóteses.
Reorganiza – As Suas Finanças Em Boas Mãos