Nos últimos dias tenho estado a ler o livro The Money Rules de Richard Templar e deixo neste artigo alguns destaques de regras que me chamaram mais à atenção. O livro tem muitas mais regras pelo que recomendo uma leitura atenta. É um livro de fácil leitura e muito acessível.
Temos os mesmos direitos e oportunidades
Tirando casos extremos, temos de ter em consideração que temos os mesmos direitos e as mesmas oportunidades que as outras pessoas. Todos nascemos com capacidades e talentos que podemos colocar a render. É certo que há pessoas mais capacitadas do que outras mas também é certo que muitas pessoas de baixos recursos e de baixa instrução já enriqueceram.
Temos de saber o que significa para nós a riqueza
O conceito de riqueza é muito subjetivo. Cada pessoa tem a sua noção de riqueza. Cada um tem os seus objetivos, aspirações e valores. Logo, é fundamental que defina o que para si significa riqueza pois irá dar-lhe marcos para avaliar o sucesso da sua estratégia de poupança e de investimento.
Não demonstre a sua riqueza
O autor não defende que andemos a ocultar a riqueza por qualquer motivo. Defende que não deveremos estar a mostrar o nosso património e defende que devemos evitar o novo-riquismo. De notar, ainda que ser comedido tem o condão de afastar a inveja e de afastar todas aquelas palavras de desencorajamento de pessoas que optam por um caminho diferente do nosso.
Somos demasiado preguiçosos para ser ricos
É curioso pensar nisto. Muitas pessoas querem acumular património e melhorar a sua qualidade de vida. Mas são poucas as pessoas que estão na disposição de fazer sacrifícios e de trabalhar para isso. Na prática, diz-nos o autor que muitos de nós são preguiçosos e que temos de ganhar noção disso e vencer a inércia, caso contrário não melhoramos as nossas vidas.
Pensamos demasiado no curto prazo
Esta ideia vem de um dos pontos que o autor nos traz no seu livro onde fala da necessidade de adiar as gratificações. Ou seja, pensar mais no longo prazo ajuda-nos a vencer as tentações do consumo e adiar as nossas despesas, ou mesmo não as realizarmos.
Confronte-se com as suas tentações financeiras
Podemos ter receio de ter noção da realidade mas sabemos que temos pontos fracos. Cada pessoa tem os seus e é importante que tenha consciência disso para desenhar estratégias que permitam evitar as tentações. De notar, ainda, que é mais fácil fugir às tentações do que resistir-lhes.
O dinheiro é a recompensa pelo trabalho e inteligência
O dinheiro não é um fim em si mesmo. É uma consequência da forma como trabalhamos e da inteligência que empregamos (e já agora, que desenvolvemos) para atingir os objetivos a que nos propusemos.
Dinheiro gera dinheiro
É um pouco cruel mas o dinheiro tende a gerar dinheiro. O mesmo será dizer que a pobreza pode também ela gerar pobreza. Isto porque o dinheiro, ao ser investido, acaba por gerar rendimentos que aumentam o nosso património. O autor dá o exemplo dos coelhos que se reproduzem e que isso é o rendimento do trabalho do criador. Na realidade, é daqui que advém o conceito de rendimento.
O dinheiro não é a solução para todos os seus problemas
O dinheiro ajuda a resolver algumas carências e facilita-nos muito a vida. No entanto, não devemos pensar que o dinheiro é a solução para todos os nossos problemas. Não é certamente a solução para os dilemas de felicidade no mundo. Ajuda, mas não é suficiente, pelo que não devemos colocar todas as nossas esperanças em ser ricos.
Perceber a diferença entre o preço e o valor
Temos vindo a trabalhar nestes dois conceitos nos últimos anos pois acreditamos ser fundamental que toda a gente perceba que existe uma diferença clara entre ambos. Devemos procurar o valor das coisas que muitas vezes é superado pelo seu preço. Compre as coisas pelo seu valor e não pelas marcas e pelo preço que tem na etiqueta.
Não tenha inveja dos ricos e…
Aprenda com eles. Não devemos invejar a riqueza e muito menos devemos considerar que a riqueza é sempre resultado de aldrabices e desonestidade. Não é. Há muitas pessoas honestas e trabalhadoras que são recompensadas pelo seu esforço. Aprenda com elas. Perceba o que fizeram para atingir o nível onde estão. Se possível, procure um mentor que o ajude no caminho.
É mais difícil gerirmo-nos do que gerir o dinheiro
É curioso que muitos dos problemas financeiros vêm de uma dificuldade em gerir as nossa emoções e sentimentos e não tanto por incompetência na gestão do seu dinheiro. Se estamos mal resolvidos e se não temos autocontrolo acabamos por tomar más decisões.
Estas e outras ideias podem ajudar na sua relação com o dinheiro. Sugerimos que conheça as restantes regras que Richard Templar nos apresenta no seu livro. Acredite que vão facilitar em muito a perceção desta realidade.