Se quer caminhar em direção à independência financeira tem de seguir uma estratégia coerente e bem pensada. Neste artigo mostramos-lhe em detalhe os vários passos que tem de dar para que consiga atingir a tão desejada independência financeira.
Perceber o montante de despesas necessário para a sua qualidade de vida
Este é o ponto onde começa a traçar os seus objetivos de poupança. Cada família terá os seus objetivos e quem quer ter independência financeira tem de identificar o nível de despesas que necessita acautelar, passo essencial para definir quanto poupar e onde investir. Para o fazer, poderá tentar perceber as principais despesas que idealiza. As despesas com a habitação, com alimentação, estudos, diversão, saúde (já agora, veja qual o melhor seguro de saúde para se proteger com um preço baixo), entre todos os outros. Defina um valor anual que com alguma probabilidade será inferior ao valor do seu rendimento anual.
Se o seu rendimento líquido anual é de €15.000, com alguma probabilidade precisará de um pouco menos do que isso. É certo que não devemos nivelar por baixo e que temos de ser ambiciosos, pois com 100% de probabilidade não irá querer independência financeira se isso implicar não ter qualquer conforto e qualidade de vida. Qual o seu número?
Depois de identificado o valor de despesas anual, deverá multiplicar esse valor por 25. No exemplo, €15.000 * 25 = €375.000.
Aumentar a taxa de poupança
Depois de definido o objetivo, que pode afixar em algum lugar visível em sua casa, é altura de arregaçar as mangas e fazer os esforços necessários para aumentar a taxa de poupança. Isto passa por dois caminho:
- Cortar despesas desnecessárias;
- Aumentar os rendimentos.
Dois caminhos que se complementam e que se reforçam. Por um lado, procurar fontes de corte de custos e de despesas desnecessárias. Por exemplo, focar-se em eliminar rapidamente as dívidas com taxas de juro elevadas. Eliminar todas as despesas que considera desnecessárias. O leitor decidirá o quando quer atingir os seus objetivos e com base nisso definirá onde vai cortar as despesas. De notar que quanto mais cedo começar (por exemplo, se viver em casa dos pais o processo é ainda mais fácil) mais rápido atingirá o seu objetivo. Por outro lado, encontrar fontes alternativas de receitas como trabalhos em part-time, aproveitamento de alguma capacidade especial que possa monetizar (fazer traduções, escrever artigos para sites, entre outros).
O fundamental neste ponto é que se comprometa a destinar parte ou a totalidade do seu subsídio de férias e de Natal para a sua conta de poupanças e ainda poupar uma percentagem do seu rendimento mensal. Naturalmente, que quanto maior for a percentagem mais rápido atinge o objetivo.
Definir o programa de entregas e a taxa de retorno objetivo
Tendo identificado um valor de poupança objetivo, é altura de definir o programa de entregas e a taxa de retorno objetivo. De notar que para poupar dinheiro todos os meses temos de ter um programa de poupança automático. Logo, sugerimos que crie uma conta de poupança e que transfira todos os meses o valor definido, assumindo a lógica que se não vemos, não gastamos.
A definição do montante de poupança e da taxa de retorno objetiva anda de mãos dadas com o objetivo de poupança e com a nossa tolerância ao risco. Sugerimos que use o simulador de poupança e de investimento e que faça as suas contas. Vai perceber que beneficia se começar o quanto antes e se assumir algum risco para obter maiores taxas de retorno. Por exemplo, se começar com 20 anos a investir €300 por mês a uma taxa de 10%, no final de 10 anos terá mais de €60.000 poupados. Se em vez disso juntar durante 20 anos, terá €227.000!
Escolher a forma de investir as suas poupanças
Tendo conseguido começar a poupar temos de investir o dinheiro. Neste tópico, existem inúmeros ativos que podem potenciar os seus retornos. O fundamental é que se foque numa carteira diversificada e com preocupação de poupar nos custos. Saiba que o mais importante é conseguir ter consistência de poupança todos os meses. O passo seguinte é obter um nível de retorno.
Neste tópico, podemos falar de ações, obrigações ou aquele que preferimos que é o imobiliário. Gostamos especialmente do investimento imobiliário pois a partir de montantes baixos e com recurso ao crédito habitação, conseguimos alavancar retornos. Por exemplo, um dos nossos primeiros imóveis custou €40.000 (já com despesas), para o qual necessitámos de €8.000 de investimento. Arrendámos o imóvel por €400 líquidos por mês, o que representa um retorno sobre o montante investido de 60% ao ano (sem contar com a valorização, que passado 3 anos era mais de 100%!). Tenha em mente que o imobiliário pode ser uma das classes de ativos por excelência para conseguir ter rendimentos passivos.
Comece a investir numa carteira de investimento diversificada
Este ponto é complementar ao último. Depois de pensar nas classes de ativos e de escolher os vários instrumentos é altura de investir numa carteira de investimentos diversificada de forma consistente. Faça as suas entregas para os fundos de investimento escolhidos. Compre o seu imóvel para arrendamento. Faça o que definiu e mantenha o processo em piloto automático. Se surgirem mais rendimentos ou se conseguir poupar mais em algum mês, faça reforços manuais. É altura de colocar o seu dinheiro a trabalhar para si. Com o tempo vai perceber que tudo se torna mais fácil e que pode mesmo atingir um nível de conhecimento que permita investir em ativos mais rentáveis.
São estes os 5 passos necessários para caminhar no sentido da sua independência financeira. Comece o quanto antes para que consiga rapidamente atingir os seus objetivos. É possível. O caminho é gratificante. Partilhe connosco as suas dúvidas e ansiedades. Estamos cá para o ajudar!