Nos últimos 2 anos passámos muito mais horas em casa, e essa é uma tendência o trabalho híbrido e remoto. Mais do que nunca, sentimos necessidade de transformar a casa um espaço mais funcional e acolhedor. Só que neste contexto de crise e pandemia, a maioria das pessoas tem um orçamento limitado. Mas não há impossíveis! Se a mudança de estação lhe pede renovação, saiba como mudar a aparência do seu espaço, com pequenos truques e poucos euros.
Faça planos: apesar do ar fresco da primavera inspirar a mudança, o difícil é saber por onde começar. Faça listas do essencial a comprar: se o sofá está estragado e é muito desconfortável, vai ter mesmo de investir num novo ou, num, mesmo que usado, esteja em boas condições. Mas se uma cadeira, um quadro ou uma almofada já não têm um aspeto atraente, pode conseguir reciclá-los ou substituí-los por outros, que não sejam demasiado caros. Imagine os espaços de sua casa em termos de funcionalidade: uma sala que tem de ter zona de estar e zona de refeições, por exemplo, ou um quarto onde tem de caber uma zona de escritório, para além da cama e zona de vestir. Se organizar o pensamento por divisões é mais fácil perceber o que precisa – e organizar listas mais práticas – ou escolher apenas a área que mais precisa de uma vida nova.
Procure inspiração em redes sociais, sites blogs e lojas: para quem não é especialista na matéria, ter informação e ideias é essencial. Há pessoas que têm um interesse natural em decoração, mas a maioria não tem. As décadas passam e o que era relativamente consensual há 2 ou 3 décadas, já não é hoje. Para além das revistas de decoração, pode e deve ir buscar inspiração a sítios com peças a preços acessíveis (lojas como Ikea, Casa e outras). Muito importantes são os blogs nesta área, para além dos artigos na imprensa generalista e sites, páginas de redes sociais como o Instagram e o Pinterest, este último particularmente interessante para inspiração visual. Siga o rasto destas ligações que lhe deixamos e encontre novas!
Vá aos outlets e instituições sociais: aqui está uma forma de poupar muitos euros e com enorme diferença mesmo em relação às lojas mais baratas do mercado. Ao recorrer a elas estará ainda a defender a reciclagem e o ambiente, o que não é pouco face ao aquecimento global do planeta. Em sites como o OLX, Custo Justo ou Marketplace do Facebook, por exemplo, também encontra móveis baratos em segunda mão, e até novos. Lembre-se também dos bons mercados de velharias. Ideia excelente e solidária é ir buscar o mobiliário em 2ª mão, ou vintage, que algumas associações de apoio social vendem (Remar, Emaús ou Reto à Esperança), com lojas em todo o país. Se fizer essa aposta, estará também a apoiar instituições que ajudam muita gente e que têm móveis prefeitos e sólidos (muita madeira maciça, a maioria em perfeito estado). Poderá usá-los ou reciclá-los, dando-lhes uma vida nova. Se pintar um aparador de estilo, que precisa de renovação, de uma nova cor, pode mudar completamente o aspeto de uma sala, misturando-o também com móveis mais simples e contemporâneos. A mistura de estilos, com alguma contenção, pode ser uma aposta ganha.
Peça ajuda e pinte: uma pintura numa ou em várias divisões pode fazer a diferença, sobretudo quando não se pode/quer investir em obras de fundo. Pintar uma divisão com ajuda de família e amigos é uma tarefa relativamente fácil. A menos que seja um espaço muito grande, difícil ou demasiado degradado, não precisa de contratar sempre um profissional. Esteja atento às promoções constantes de tinta, que vão das marcas tradicionais, às lojas da especialidade, passando pelos hipermercados. Procure informação básica online ou algum tutorial na internet sobre cuidados e procedimentos a ter…e mãos à obra.
Não esqueça as regras básicas: o senso comum diz-nos que é mais prudente optar por tons neutros (e em sítios com muita utilização, como o sofá, fugir do branco) que se adaptem a tudo e todos. Peças de grande dimensão, como sofá ou cortinas, devem ser tendencialmente lisos, neutros e simples, para não cansarem: os tecidos de flores, motivos e fantasia, podem ser interessantes, mas cansam o olhar em grandes superfícies. Portanto, as peças maiores devem ser mais neutras, uma vez que assim é fácil adaptá-las à decoração que é feita sobretudo pelas peças mais pequenas, e que pode mudar com facilidade, mudando a decoração facilmente. Ou seja: almofadas, jarras, vasos, plantas, molduras, espelhos, centros de mesa, velas, pequenos candeeiros, e tudo aquilo que compõe um espaço. Pode poupar nalguns destes objetos que encontrará também nas lojas de solidariedade, comprando outros, a preços reduzidos, em lojas generalistas. Uma almofada da ‘nova coleção’ custa menos de 5 euros e pode mudar completamente o aspeto e o conforto de um sofá, cama ou cadeirão. Investir em quadros originais é mais caro, mas pode apostar em ilustrações originais de artistas e emoldurar; ir aos museus e centros de arte e comprar posters (reproduções); recorrer às reproduções de quadros das lojas generalistas de decoração; ou escolher algumas das suas fotografias de viagens ou férias, e imprimi-las para dar vida a um espaço. Outra ideia interessante é comprar online, ou em feiras, pequenas peças de artesãos e artistas: para isso pode recorrer a sites como o Etsy ou a associações de cidadãos com deficiência que se dedicam à arte, com trabalhos excelentes.
Reciclar é o futuro: mesmo para quem nunca se viu nestes trabalhos, se for a lojas comuns, de bairro, ou do setor, como Aki, Maxmat ou semelhantes, consegue adquirir materiais básicos como lixas para móveis, primários, tintas ou vernizes. Falamos nisto, porque a pessoa menos dotada para ‘bricolage’ consegue juntar umas paletes de madeira (que vão para o lixo em supermercados!) e fazer, por exemplo, uma mesa de apoio. Da mesma forma, consegue pegar numa cadeira, mesa de cabeceira ou cómoda velha, lixá-la, e pintá-la ou envernizá-la: são tarefas acessíveis, mesmo para quem nunca fez nada parecido. Como sempre, aconselhamos fazer primeiro uma pesquisa na internet, e ler artigos ou ver um tutorial sobre o assunto, porque a informação prévia é importante e evita sempre erros básicos para inexperientes neste mundo do ‘faça você mesmo’. O nosso conselho hoje é: cuide do seu espaço, arrisque e divirta-se com isso!
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