Nos últimos meses andei desaparecido na comunicação da evolução dos meus investimentos na minha carteira de fintechs. De seguida irei apresentar-lhe os motivos e mostrar a evolução da carteira.
O que se passou nos últimos meses?
O principal motivo da falta de atualização da minha carteira prende-se mesmo com a necessidade que tive de resgatar uma parte importante do património que estava investido. Deste modo, a carteira tem vindo a ser vendida e, com isso, as análises ficam menos interessantes. É assim a vida. As vezes investimos e outras vezes precisamos de colher os frutos do investimento para fazer face às nossas despesas ou mesmo para encaminhar para outros investimentos.
Grupeer
Começo pelas más notícias. Tive um “belo” trambolhão na plataforma de investimento Grupeer. Infelizmente, esta plataforma estava muito focada no empréstimo a negócios/empresas, o que fez com que em pandemia viesse a ter problemas sérios. Diz a empresa que os seus devedores deixaram de efetuar pagamentos, uns por má fé, outros por dificuldades financeiras sérias. Enfim, o certo é que a Grupeer está agora com problemas judiciais sérios e o dinheiro que havia colocado nesta plataforma está “em recuperação”. Com grande probabilidade não irei recolher o dinheiro que havia aqui investido. É a vida. Como sempre disse, falamos aqui de investimentos de risco. As vezes ganhamos. Outras vezes perdemos. Mas é sempre importante termos uma estratégia de investimento diversificada para acomodar perdas.
TWINO
A Twino é a plataforma que me tem dado mais retorno e que se tem revelado como mais segura. O facto de ter empréstimos com garantia de recompra dados pela própria plataforma tem-me dado algum conforto. O mesmo é dizer que não tenho tido incumprimentos e quando tenho a garantia de recompra tem funcionado. Nesta plataforma a minha taxa de retorno anual tem rondado os 8.5% a 9%, o que é bastante interessante. Gosto desta plataforma também porque irá ter uma licença bancária, o que lhe conferirá uma maior solidez e credibilidade.
ViaInvest
Como na Twino, também invisto na ViaInvest em empréstimos que têm garantia de recompra. Nesta plataforma não tive qualquer incumprimento e tenho obtido uma taxa de retorno anual de 11.54%. Nos últimos meses tenho resgatado o património, pelo que atualmente tenho lá um montante residual. A taxa de retorno tem sido a mais interessante de toda a carteira.
Mintos
A Mintos é uma plataforma de empréstimos muito grande e conceituada. Já me deu algumas alegrias mas também trouxe alguns percalços. Esta plataforma não nos dá uma garantia, sendo as garantias dadas pelas instituições financeiras que usam a plataforma para vender os seus créditos. Se em alguns países estas instituições financeiras são sólidas e credíveis, noutros são menos. Logo, a generalidade dos meus empréstimos tem corrido bem, sendo que tive um percalço com uma instituição financeira que está em atraso de pagamento. Tenho confiança de que o problema será resolvido, pois outros já o foram. Mas entretanto tenho parte do património parado e em risco. Daí a importância de diversificar os investimentos dentro de cada plataforma e por várias plataformas.
Raize
Como tenho tido oportunidade de relatar noutros artigos, tenho também vindo a reduzir a minha exposição ao investimento na Raize. Simplesmente deixei de achar interessante o investimento nesta plataforma (apesar das taxas de retorno terem sido superiores a alguns casos que relatei acima). Não me tem agradado estar a pagar comissões pelos juros que recebo ou pelos empréstimos que quero vender, bem como não tenho estado confortável com o facto dos sócios fundadores terem vindo a vender as suas posições na empresa. É um interesse legítimo da sua parte, atenção.
Próximos passos
Como referi no início, tenho reduzido o meu investimento nestas plataformas e conto vir a retomar no futuro. Tenho nos últimos meses estado a testar o investimento em alguns fundos de investimento, algo que darei conta noutro artigo. Creio que dentro de uns meses vá centralizar os meus investimentos nas fintechs em menos plataformas, talvez privilegiando a TWINO (se usar o meu código recebe €15 quando se registar com €100) e a ViaInvest. Acredito mesmo que estas plataformas vieram para ficar e que vão ocupar um espaço importante na carteira de investimento das famílias, pelo que irei continuar a olhar para este segmento como uma importante fonte de rentabilização das minhas poupanças.
Comentários?
Gostava de incentivar a que quem tenha obtido boas ou más experiências com alguma destas plataformas que partilhe a sua experiência com os nossos leitores. Caso queira, poderá enviar um artigo que teremos todo o gosto em publicar.