Se pensa em recorrer a um crédito, seja ele para uma casa, automóvel ou outra finalidade, certamente que o conceito “intermediários de crédito” não lhe será estranho. Caso o seja, é importante que conheça estes agentes e saiba o que fazem. É isso que explicamos em seguida neste artigo.
Intermediários de crédito: quem são e o que fazem?
Os intermediários de crédito fazem a ligação entre o consumidor e as entidades bancárias que concedem crédito. Podem ser empresas ou particulares, embora a grande maioria sejam empresas. O objetivo destes especialistas é ajudar os consumidores em todo o processo de concessão de crédito. Algumas das suas tarefas consistem:
- Apresentar propostas de crédito;
- Preparar e organizar toda a documentação necessária a um pedido de crédito:
- Celebrar contratos de crédito em nome das instituições bancárias;
- Por fim, prestar assistência e consultoria aos consumidores fazendo recomendações.
Note que os intermediários de crédito apenas ajudam a tratar do processo, não concedem crédito. Quer isto dizer que, a concessão ou não de um crédito é sempre da responsabilidade do banco ou instituição de crédito. Além disso, estes intermediários não podem comercializar outros produtos ou serviços bancários (por exemplo, uma abertura de conta ou um depósito a prazo).
Quais as vantagens de recorrer aos intermediários de crédito?
A vantagem mais óbvia é ter especialistas a trabalhar por si! Não se esqueça que, regra geral, trata-se de um processo demoroso e que exige muita paciência, principalmente quando implica com decisões importantes na nossa vida (compra de uma casa, automóvel ou a criação de um negócio pessoal, por exemplo). Se quer poupar tempo e stress pode ser benéfico para si recorrer a este serviço. Mas vejamos mais ao detalhe quais as suas principais vantagens.
Ajuda, recolha e organização da documentação
Um intermediário de crédito, sendo especialista na área, sabe exatamente quais são os documentos e onde os pode obter para tratar do pedido de crédito.
Poupar tempo
Se quer poupar num crédito não basta tentar negociar com o seu banco atual. A melhor estratégia passa por consultar o mercado! Assim, peça proposta de crédito a vários bancos, compare e verifique a melhor opção. Conforme já referido, este é sempre um processo que demora tempo (deslocações, burocracias etc.,). Ora, se recorrer a um intermediário de crédito, este faz o trabalho por si poupando-lhe umas boas dores de cabeça. Apenas precisa de reunir toda a documentação necessária e o intermediário de crédito entra em contacto com as instituições bancarias e pede as simulações e propostas de crédito para que possa tomar a melhor decisão.
Lembre-se que, os intermediários de crédito têm experiência e conhecimentos privilegiados junto das instituições bancárias, pelo que, além de agilizarem todo o processo ainda podem obter condições mais vantajosas para si.
Não tem custos
Mas as vantagens ainda não acabaram: este serviço é gratuito! Aproveite!
Na realidade, um crédito tem sempre vantagens e desvantagens, dependendo da pessoa que o solicita e da sua situação pessoal e profissional. Por exemplo, se pensa em investir num negócio pessoal, poderá preferir fazer uma amortização rápida do seu crédito. Mas se está à espera de ter um filho e tem outras despesas prioritárias, já poderá querer uma mensalidade baixa que lhe permita um maior controlo do seu orçamento familiar. São tudo preferências e decisões que variam consoante a pessoa. A Reorganiza tem especialistas em crédito que o podem aconselhar e ajudar a tomar a melhor decisão. Pense nisso!
Intermediários de crédito: quais os custos?
Conforme já referido, para si enquanto cliente, não há custos! E porquê? Na verdade, a maior parte dos intermediários de crédito são pagos pelas instituições bancárias com as quais têm parcerias (em troca, estes trazem novos clientes). É uma relação benéfica para ambas as partes onde quem mais sai a ganhar é o cliente que nada paga. Com esta parceria os bancos poupam tempo e mão-de-obra na angariação de novos clientes.
Quais os tipos de intermediários de crédito?
Os intermediários de crédito não são todos iguais! Importa assim perceber os diferentes tipos de intermediários de crédito:
Intermediário de crédito vinculado
Este tipo de intermediário está vinculado a uma ou mais instituições bancárias, das quais recebe uma comissão quando celebra um contrato de crédito.
Intermediário de crédito não vinculado
Existe ainda o intermediário de crédito que não está vinculado a nenhuma instituição financeira (intermediários ou consultores independentes). Quer isto dizer que, este intermediário poderá lhe cobrar uma comissão pelos seus serviços. Neste caso, deve ser celebrado um contrato de intermediação com o consumidor, no qual são estabelecidos os termos e as condições da prestação dos serviços.
Intermediário de crédito a título acessório
O intermediário de crédito a título acessório aplica-se aos retalhistas ou fornecedores de serviços que, em parceria com uma instituição bancária, intermedeiam créditos para a aquisição dos seus produtos ou serviços. Certamente já foi a uma grande superfície comercial onde oferecem a possibilidade de compra a crédito de eletrodomésticos? Ou um stand automóvel que também trata do crédito para a compra do carro? Nestes casos, estas entidades tratam do crédito junto das suas respetivas entidades bancárias para lhe conceder a si (cliente).
Intermediários de crédito: quais os cuidados que deve ter?
Quando se trata de recorrer a um crédito todos os cuidados são poucos! Afina de contas estamos sempre a falar de dinheiro! Com a evolução tecnológica e o desenvolvimento das redes sociais são cada vez mais os casos de burlas. Portanto, deve ter atenção a todas as ofertas de crédito que lhe sejam propostas para não cair em nenhuma fraude. Tome nota das seguintes dicas:
Tenha atenção ao tipo de abordagem
Um dos primeiros sinais de que pode estar perante uma burla é quando é alvo de uma abordagem direta e agressiva através das redes sociais, onde lhe garantem acesso a crédito de forma fácil e rápida. Desconfie! Um intermediário de crédito não concede realmente o crédito nem o consegue garantir. Portanto esteja atento a estes detalhes.
Não adiante dinheiro
Um intermediário de crédito agiliza e facilita a concessão de crédito, mas nunca pede dinheiro para desbloquear o processo. Assim, nunca adiante qualquer quantia monetária, sob pena de poder vir a ser alvo de uma burla.
Verifique a credibilidade do intermediário
Todos os intermediários de crédito autorizados estão registados junto do Banco de Portugal. Entre neste site, pesquise e valide a entidade mediadora.
Verifique as entidades bancárias às quais o mediador está ligado
Igualmente na página do Banco de Portugal, pode ver as entidades bancárias às quais o intermediário está vinculado.
Peça sempre a FIN/FINE
Peça sempre a Ficha de Informação Normalizada do Crédito (FIN). Este documento emitido pela instituição bancária apresenta as principais características do crédito e a informação pré-contratual, e permite-lhe saber todas as condições do crédito bem como confirmar a sua legitimidade.
Por esta altura já percebeu que pedir um crédito não é tarefa fácil. Feitas as contas, deve avaliar se no seu caso, lhe compensa ou não.
Como escolher um Intermediário de Crédito
Existem muitos intermediários de crédito pelo que pode ser difícil escolher o melhor. Algumas dicas para escolher o seu Intermediário:
- Procure um intermediário independente de uma marca imobiliária, garantindo que os objetivos estão perfeitamente alinhados. É certo que existem muitos intermediários ligados a imobiliárias que funcionam muito bem, mas é mais difícil separar o trigo do joio;
- O intermediário não precisa de trabalhar com todos os bancos mas apenas com os principais. O número de parceiros não diz nada e pode induzir em erro;
- Faça muitas perguntas e procure esclarecer todas as suas dúvidas;
- Prefira intermediários que têm apenas um consultor a tratar do seu processo, garantindo assim uma maior personalização do serviço, controlo dos seus dados pessoais e evitando perdas de informação;
- Valorize um intermediário que se foca nos seus objetivos e não no cumprimento de objetivos comerciais. Isto passa, por exemplo, por escolher uma empresa que procura minimizar os custos totais do processo, nomeadamente no crédito habitação e nos seguros associados.