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Neste artigo vou tocar num tópico que é muitas vezes uma discussão que tenho nas minhas formações em finanças pessoais. Vou-lhe falar do ódio que muitas pessoas têm a companhias de seguros e tentar desfazer um mito.

Em que consiste um contrato de seguro?

O ponto principal em toda esta discussão é perceber o que é um contrato de seguro e quais os motivos que nos levam a fazer um seguro. Um seguro é algo que pode ser muito simples mas que também poderemos complicar. Na prática, ao contratar um seguro está a transferir para a companhia de seguros um conjunto de consequências financeiras associadas a um acontecimento furtuito. Ou seja, se tiver um sinistro a companhia de seguros irá substituir-se à pessoa segura na indemnização.

Temos de conhecer as coberturas e exclusões

Sendo um contrato entre duas partes, o contrato de seguro considera os direitos e deveres de ambas as partes. Estes direitos e deveres são contemplados nas coberturas e exclusões, assumindo uma postura de verdade na informação, e aqui muitas vezes falhamos. Quer ideias?

  • Quantas pessoas conhecemos que já fizeram o seguro automóvel em nome do pai ou da mãe para poupar no seguro? Sim, se tiver um sinistro as suas consequências não serão cobertas;
  • Quantas pessoas conhecemos que chegaram ao carro e o encontraram com o vidro partido de um assalto e disseram que o vidro partiu por acaso? Pois, os seguros de quebra isolada de vidros não cobrem os roubos;
  • Quantas pessoas conhecemos que mentiram na altura ou no peso de um questionário de saúde para um seguro de vida? Acontece que eram gordas ou obesas e disseram que eram mais fit só para poupar umas massas.

Estes e outros exemplos mostram-nos que podemos ter motivos de queixa mas que também podemos não ter a consciência imaculada.

Porque é que fazemos seguros?

Do exposto acima, percebemos que um seguro é algo que conceptualmente faz todo o sentido, especialmente se queremos garantir a segurança financeira da nossa família bem como ter a tranquilidade para encarar as incertezas da vida. No entanto, posso dizer com bastante segurança que fazemos seguros porque somos obrigados.

A maioria das pessoas faz apenas os seguros obrigatórios e deixa de parte os restantes. Sim, podemos dizer que não fazemos mais seguros porque não confiamos na seguradora ou porque não temos capacidade financeira. É legítimo. Mas muitas vezes não é nada por esse motivo. É simplesmente porque tá de chuva ou porque acreditamos que os problemas só acontecem aos outros. Enfim…

Temos de assumir que somos responsáveis!

Já me esquecia… há um motivo pelo qual também não fazemos seguros. Não fazemos mais seguros pois estamos num estado social onde temos alguns direitos. E ainda bem. Temos uma Segurança Social que, bem ou mal, ainda nos vai protegendo de alguns imprevistos. Protege-nos em situações de doença, de carência económica, no desemprego e na reforma. Mais uma vez, ainda bem que isso acontece. Que bom que temos um Estado Social para o qual todos contribuímos (mas em que cada vez menos acreditamos).

Temos direitos mas os direitos são limitados (contrariamente ao que algumas manas nos querem fazer acreditar). E temos de procurar assegurar os nossos direitos e muitas vezes negligenciamos este ponto. Nós somos responsáveis pelas nossas vidas e temos de assumir uma postura de maior prudência, nunca esquecendo que os imprevistos vão sempre acontecer, só não sabemos é quando…

Os seguros são algo bom…

A premissa deste artigo é defender que os seguros são algo bom. Nem todos os seguros são bons. Há uns que simplesmente não servem para nada. Outros há que são extraordinários a proteger a nossa saúde financeira. Enfim, o fundamental é conhecer as nossas necessidades e desejos e depois procurar as melhores soluções para cobrir estes riscos. Por exemplo, talvez não conheça mas existem seguros de vida que não são mais do que um produto de poupança sem risco e com benefícios fiscais.

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