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O mundo do investimento está repleto de sentimentos contraditórios. Os mercados financeiros são tão atraentes pois jogam com a emoção e com a razão. Sentimentos de ganância misturam-se com outros como a arrogância, o medo ou o pânico. Todos querem ganhar muito sem assumir risco…

 

Por Que Quer Investir?

Quem participa nos mercados financeiros tem um objetivo em mente. Pode até achar que não tem qualquer participação direta, mas indiretamente está envolvido neste mundo. Tratando apenas da componente direta, deverá pensar por que quer investir. Quais os seus objetivos? Para que precisa do dinheiro? Precisa de muito ou de pouco? E o que está disposto a dar ou a adiar para conseguir poupar? Devo investir para o curto prazo ou constituir um PPR?

O Melhor Conselho Sobre Investimentos…

Não inventamos a roda… o melhor conselho que lhe podemos dar é que seja humilde. E não aquela humildade tosca ou mentirosa. Temos de ser humildes. Não podemos acreditar que somos os iluminados que vamos enriquecer com investimentos repentinos. Que vamos acertar sempre e que agora é que é. Que a riqueza está ao virar da esquina e que o seu “feeling” é que é o acertado. Mas mesmo os relógios estragados estão certos duas vezes por dia.

Vemos tanto disparate acontecer nos investimentos simplesmente porque achamos que estamos certos e que é impossível falharmos. Uma forma de combater esta postura passa por perceber que se estamos a comprar é porque alguém nos está a vender… e pensar que a outra parte pode também ter informação que nós não temos. E que pode saber mais do que nós… ou não!

Um Caso Prático

Nos últimos anos não temos tido Ofertas Públicas de Venda. No entanto, quando o mercado atingiu o pico há vários anos atrás tivemos muitas empresas a vir para o mercado. Hoje em dia são poucos os portugueses que tenham empresas para cotar em bolsa… já vendemos todas as joias e aquelas que ainda temos não querem vir para o mercado.

Naquela febre muitas pessoas decidiram ir às compras. Alimentadas pelos sentimentos de ganância e de lucro fácil que lhes foram incutidos pela banca (que tinha de realizar as suas comissões com a venda), fomos a correr comprar. À medida que operações de sucesso eram colocadas, vinham outras que ainda tinham maior procura. Uma euforia… muitos ganharam muito dinheiro. Outros perderam bastante…

Este exemplo para demonstrar:

  • O poder da ganância;
  • A tomada de decisões sem critério ou racional (sim, investir deve ser algo racional, pensado, analisado…);
  • O oportunismo dos mercados (se alguém quer vender a sua empresa é porque já terá atingido o pico de valorização… ou não?)

A Memória é Curta… e Está Tudo ao Contrário!

E assim vamos aplicando o nosso dinheiro nos mercados financeiros. Quando aplicamos… é curioso analisar o perfil de investimento dos particulares. Quando o mercado está em pânico ninguém compra e quando está numa euforia está toda a gente a comprar… como funciona tudo em ciclo, este comportamento repete-se à medida que a memória desaparece. Será questão de perguntar se não estará tudo ao contrário? Não devemos comprar em situação de pânico e vender na euforia?

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