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Para quem tiver boa memória deverá lembrar-se que o atual partido a governar o país apresentou-se em campanha com uma ideia de modelo económico muito vincada: aumentar o consumo para o crescimento da economia.

Consumo Das Famílias É Importante Para O PIB

É verdade que na equação do PIB o consumo das famílias é extremamente importante para o crescimento do mesmo. O problema está no tipo de consumo que estamos a falar. Não me refiro aqui às decisões de consumo, mas há forma como se aumenta o poder de compra dos portugueses.

Se este aumento do consumo fosse resultado de um aumento de riqueza real, estava tudo ótimo. O problema surge quando ouvimos notícias como as desta semana, através de um relatório do BdP, que afirma que só nos primeiros oito meses deste ano, o montante da concessão de novos empréstimos ao consumo cresceu 22,5% para 2,45 mil milhões de euros.

Crédito Ao Consumo Em Valores Máximos

Alguma mente mais perspicaz pode pensar que um aumento de 22,5% pode não ser significativo, caso a base do ano anterior fosse muito baixa. Mas o que é assustador é colocar este valor em perspetiva com os últimos anos. O valor de 2,45 mil milhões de euros é o mais alto desde 2008. E será que alguém se lembra o que aconteceu em Portugal após 2008? Não quero aqui ser profeta da desgraça, mas é preocupante começar a ser evidente que não se aprendeu nada com os duros golpes que sofremos com a intervenção da Troika.

O Endividamento é Uma Ilusão de Curto Prazo

O endividamento é uma ilusão de crescimento. O facto de anteciparmos o poder de compra não significa que estejamos realmente mais ricos. Quando for a altura de pagar esta fatura poderemos já não ter ajuda internacional, que tanto criticámos, mas que nos livrou de falência de um país. Mas será que um país pode mesmo ir à falência? Pode! E quem sofre são os contribuintes!

As Dívidas Podem Ser Negociadas

O Estado português tem negociado as suas dívidas. Acaba por refinanciar-se, aumentando o prazo. Infelizmente, nos últimos tempos, tem aumentado a taxa de juro dos créditos concedidos ao país (fruto da perceção de aumento de risco). Também as famílias podem negociar os seus créditos, como aliás fazem as famílias que recorrem à Reorganiza para poupar dinheiro. É tudo uma questão de iniciar o seu processo e esperar

Nota: Artigo Adaptado de Publicação No Jornal Destak

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