Sabemos que existe um grande alívio quando estamos livres de dívidas como refere o artigo “6 coisas maravilhosas depois de pagar uma dívida“. Mas sabemos também que existe uma apetência a gastar dinheiro desnecessariamente ou a endividar-nos outra vez, agora que estamos mais folgados. Como pode manter-se motivado?
É como se tivéssemos metas enquanto tínhamos dívida e agora, sem dívida, estamos sem metas…há que criá-las logo de seguida e tomar algumas medidas.
Estabeleça objetivos para se manter motivado
Devemos estabelecer objectivos básicos, pagando automaticamente as despesas fixas e guardando o resto numa conta-poupança. Continue a sua vida de uma maneira natural, mas, agora que está mais folgado, deve pôr numa conta-poupança o dinheiro extra que já não gasta em pagamentos de dívida. As despesas fixas devem ser cobertas por pagamentos automáticos.
Iguale despesas e receitas…e guarde o bonús
Um bom plano de acção é, portanto, fazer um orçamento em que as despesas igualam as receitas: um orçamento que não é superavitário, nem deficitário. Uma forma de nos mantermos motivados é não poder gastar mais do que necessitamos e para isso temos de montar um orçamento deste tipo, em que não consideramos como receitas aquelas que são superiores às despesas. A ideia é guardar os ganhos que são superiores às despesas numa conta-poupança, obrigações do tesouro, entre outros instrumentos de poupança que deve estudar. Veja o que lhe dá mais vantagem no momento.
Ajuste o seu padrão de vida sem radicalismo
Ter um estilo de vida compatível com o hábito de poupar é um dos passos mais importantes para transformar a poupança num hábito. Vale a pena, por exemplo, diminuir o número de saídas por semana e substituir algumas por atividades de entrada livre (nas cidades grandes/médias é mais fácil); cancelar os serviços que não usa (telecomunicações com pacotes pesados) e fazer substituições de produtos por itens de marca branca de qualidade equivalente.
Cada euro de poupança conta: pense sempre em quantias ao fim de meio ano/um ano. Lembre-se de que, para se motivar, não adianta fazer cortes radicais, já que a intenção é que esse ajuste se torne permanente e não seja difícil de adotar. A motivação é essencial. Se substituir objetos e momentos de consumo por momentos de convívio e tiver mais tempo para apreciar o que o rodeia, pode sentir uma motivação exta: a de quem dá mais tempo às pessoas de quem gosta e aproveita mais um simples passeio na natureza ou consegue desenvolver, por exemplo, o hobbie de cozinhar para amigos: mantém o ânimo, diverte-se e poupa em simultâneo.
Celebre pequenas vitórias
Em vez de criar metas gigantes crie mini-metas que é capaz de cumprir. Se dantes tinha o objetivo de pagar as dívidas, agora tem um novo objetivo que é cumprir mini-metas financeiras. Talvez não seja tão cativante como gastar dinheiro noutras coisas, mas é algo que o torna mais forte: pode encarar isto como um jogo pessoal e, assim, anular um pouco esta vontade de consumir desnecessariamente.
Quando falamos em celebrar pequenas vitórias, é mesmo importante que elas sejam marcadas enquanto estímulo e também do ponto de vista psicológico. Por exemplo, se cumprir a meta financeira de não gastar mais de 1000 euros este mês, compre um bilhete para um espectáculo que queira muito ir. Isto é aliciante e ajuda a estarmos no caminho mais seguro para o sucesso nas finanças pessoais.