Antes de se iniciar nos seus investimentos tem de saber quanto dinheiro quer ganhar. Claro que quer ganhar o máximo possível, mas se nesta equação introduzirmos a possibilidade de vir a perder dinheiro, já temos outra cautela. Assim, é preciso balizar os riscos com o potencial de ganho e definir expetativas de retorno realistas.
O retorno de um investimento é medido em percentagem
Definir expetativas de retorno implica saber quanto esperamos ganhar com determinado investimento. Se queremos ganhar mais temos de estar na disposição de poder perder pontualmente para alcançar outros níveis de rentabilidade. Neste exercício, temos também de saber que:
- Retorno dos depósitos a prazo é atualmente inferior a 1%. Se considerarmos a inflação e os impostos temos um retorno perto de zero. Será que faz sentido continuar a depositar o dinheiro no seu banco, ainda para mais assumindo que este lhe quer continuar a tirar dinheiro da conta em forma de comissões?
- Retorno das obrigações não irá superar os 3% no curto prazo. Para ter retorno superior tem de investir em obrigações mais arriscadas, que mesmo assim já poderão estar num nível de valorização que se assemelha a uma bolha?
- Investir em ações é o que possibilita maiores níveis de retorno em investimentos. Claro que podemos ter situações pontuais com “investimentos” (repare-se nas aspas) alternativos como os warrants, os futuros ou os CFD’s muito na moda. Mas aí estamos a jogar e a probabilidade de perdermos o dinheiro todo no médio prazo é muito elevado.
Temos de perceber como é determinado o retorno de um investimento
Para investir tem de saber como o investimento funciona. Quais os riscos e as oportunidades. Quais as comissões. Quais as determinantes do retorno… se não tivermos visibilidade sobre estas variáveis, temos de saber que vamos perder dinheiro (ou deixar de ganhar, o que no mundo dos investimentos é equivalente).
Por aqui tenho um ódio de estimação aos produtos estruturados, produtos aos quais irei dedicar em breve um artigo em exclusivo. E não gosto mesmo nada de produtos estruturados pois são ótimas ferramentas para o seu banco lhe levar comissões (sem que se aperceba) e lhe vender um produto de qualidade sofrível. Não são verdadeiros produtos para poupar dinheiro, pelo menos de acordo com os nossos critérios de avaliação de contas poupança.
O retorno é definido em termos de percentagem
Muitas vezes nos falam do retorno de um investimento em valor absoluto. Em euros. E este nível de retorno é enganador pois não considera o risco que estamos a assumir. Facilmente percebemos que não é o mesmo ter um ganho de €100 num investimento de €500 ou num investimento de €10.000. Assim, se a sua carteira inicial era de €1.000 e passado seis meses era de €1.150, sabe que teve um desempenho de 15% (1.150/1.000) em seis meses.
O retorno deve ser anual
A taxa de retorno de 15% que vimos no ponto anterior foi obtida em seis meses. Deste modo, terá valor transformar essa taxa de retorno numa taxa anual. No exemplo, bastará multiplicar o retorno de 15% por dois semestres, obtendo-se uma taxa anualizada de 30%. Na verdade, a taxa seria maior se o retorno fosse composto (32%).
Como analisar o retorno
Em primeiro lugar nunca se esqueça que os retornos do passado não são garantia de retornos futuros. No entanto, analisar os retornos históricos das diferentes classes de ativos permite perceber como cada um dos ativos se comporta ao longo do tempo. Para poder analisar as taxas de retorno de um ativo sugerimos também que olhe para horizontes temporais alargados, uma vez que os comportamentos de curto prazo são influenciados por uma série de fatores que provocam “ruído”.
Como interpretar a taxa de retorno?
Como saber se uma taxa de retorno é boa ou má? Como saber se 3% ao ano é uma taxa satisfatória? Na prática, a análise de retorno deverá ser efetuada tendo em conta três realidades: quais os seus objetivos, qual o risco que assumiu na sua carteira e qual o ambiente de mercado na altura. Se teve uma carteira agressiva num momento de queda violenta de mercado, o retorno de 3% é extraordinário. No entanto, se obteve esse desempenho num momento em que todas as classes de ativos tiveram um desempenho extraordinário, essa taxa já será menos satisfatória.
Na Reorganiza adoramos um tipo de investimento que não tem qualquer tipo de risco (Zero) e tem uma elevada taxa de retorno, ao mesmo tempo que não paga imposto… Conheça esse investimento 🙂