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15nQuando falamos de finanças pessoais gostamos sempre de falar do tema (in)fidelidade financeira. É verdade. Não gostamos que exista, pelo que gostamos de dar alguns alertas e sugestões que permitam criar um pretexto para um diálogo série e leal no casal. Neste artigo vamos olhar para o mapa de créditos de um casal.

O que é o mapa de créditos do Banco de Portugal?

O mapa de créditos ou central de responsabilidades (CRC) é um mapa que resume todos os contratos de crédito onde constam o nosso nome e número de contribuinte. Este mapa é comunicado todos os meses pelas várias instituições financeiras ao Banco de Portugal, que compila a informação e que a disponibiliza no seu website.

Que créditos constam do mapa?

Todos os créditos feitos em instituições financeiras registadas em Portugal são comunicados e inseridos neste mapa. É possível que um banco venda o crédito a investidores, sendo certo que tal costuma acontecer em situações em que os créditos estão em incumprimento. Nestes casos, é possível que o crédito não conste do mapa, o que não significa que não temos responsabilidade de o liquidar.

Porque pode haver mapas diferentes num casal?

Os mapas de crédito são associados ao nosso número de contribuinte. Logo, podem existir diferenças entre o marido e a mulher. Estas diferenças podem surgir porque:

  • Os créditos foram contratados antes do casamento – Uma sugestão para quem vai casar, pode fazer sentido conhecer o mapa do seu noivo/noiva.
  • Existe um regime de casamento em separação de bens, por exemplo;
  • Alguns créditos de curto prazo não obrigam à assinatura dos dois conjugues. Ou seja, se contratar um cartão de crédito, não será exigida a assinatura do seu marido/mulher. Logo, pode acontecer que o seu companheiro esteja a acumular dívidas sem a informar. Já o crédito habitação e os créditos pessoais têm a assinatura de ambos.

Muito diálogo!

Deixamos estas notas para alertar para a necessidade de haver muito diálogo sobre todos os temas em casa, com especial destaque para os temas financeiros. É sabido que muitos problemas familiares surgem por questões financeiras que poderiam facilmente ser evitados com diálogo e honestidade. E desengane-se quem acha que este tema não é comum. É mais comum do que se pensa. Normalmente começa com uma pequena dívida que depois vamos pagar. O problema é que a vida acontece-nos e acabamos por não conseguir pagar, sendo que o problema avoluma. A nossa sugestão:

  1. Defina um dia por mês para falar sobre dinheiro e para fazer um orçamento familiar;
  2. Defina objetivos em família;
  3. Poupe uma percentagem do rendimento familiar para imprevistos.

Se seguir estes 3 passos a vida torna-se muito mais fácil e, acima de tudo, liberta tempo para o que mais importa na vida (certamente que não envolve dinheiro).

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