Apesar de muito criticado, o orçamento de Estado traz consigo fatores positivos.
A nossa rúbrica no Destak de dia 17 de Outubro:
Conhecemos ontem a proposta de Orçamento de Estado para 2015, uma proposta que não gerou surpresas e que pode ter alguns dados positivos. Em primeiro lugar, e de forma inédita nos últimos três anos, a carga fiscal sobre os particulares não aumentou. Aliás, vamos assistir inclusivamente à reposição dos cortes de pensões e salários de funcionários públicos. Em segundo lugar, podemos falar do aumento da justiça fiscal com a preocupação de proteger fiscalmente as famílias que passam agora a considerar os filhos e os ascendentes dependentes. Por fim, a promessa de baixar ou eliminar a sobretaxa de IRS se a cobrança de impostos superar as estimativas. Neste contexto, deverão as famílias reforçar o seu esforço de recolha de faturas de modo a combater a economia paralela.
Infelizmente, nem tudo são boas notícias. Vamos assistir á criação de novas taxas e ao aumento dos impostos sobre tabaco, álcool e produtos petrolíferos. Mais uma vez, o esforço de redução do défice não será pelo corte da despesa. O governo espera que o crescimento económico (1.5%) e a redução da taxa de desemprego (para 13.4%) façam o seu papel. Estimativas aparentemente otimistas que podem justificar o facto de o governo ter deixado cair a proposta de redução da sobretaxa “extraordinária” de IRS.
Contas feitas, a palavra de ordem continua a ser “apertar o cinto” e gerir com cautela o orçamento familiar. As famílias e as empresas já se ajustaram pelo que basta aguardar que o governo faça a sua parte.
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