A razão por que deve pagar a dívida do seu cartão de crédito antes de todas as outras dívidas financeiras, é simples: se não a paga na totalidade não vai parar de aumentar.
De facto, nos créditos financeiros que contratou tem definido à partida um plano de pagamento e o MTIC (Montante Total Imputado ao Crédito) indica-lhe claramente quanto lhe vai custar o valor que pediu emprestado. Nos cartões de crédito, a menos que tenha um pagamento do valor em dívida na sua totalidade na data de pagamento acordada, o custo do valor que gastou não para de aumentar.
O pagamento parcial agrava a dívida do cartão de crédito
Se optar por não pagar o saldo em dívida do seu cartão de crédito a 100%, porque pensar que, se pagar as suas compras em prestações, está a aliviar o seu orçamento mensal, na realidade está a fazer exatamente o contrário. Isto porque vai pagar juros (e altos), sobre o montante que transitar sucessivamente para o mês seguinte.
E como no mês seguinte também não paga a dívida na sua totalidade, sobre o saldo que ficar ainda em dívida vai tornar a pagar juros novamente. Por isso as suas compras ficam cada vez mais caras. Dito de outra maneira, ao fazer o pagamento parcial do saldo do cartão de crédito gera um efeito bola de neve na sua dívida. Ou seja, o valor final do seu gasto inicial não para de aumentar.
E a taxa de juro do seu cartão é fixa
Se tem um cartão de crédito a uma taxa de 15%, importa saber que a taxa de juro se mantém fixa enquanto tiver o seu cartão. Mesmo que a taxa máxima do Banco de Portugal para os cartões de crédito baixe, como esta só se aplica aos novos cartões, a sua mantém-se (o que não acontece nos restantes créditos).
Vejamos um exemplo.
O seu cartão tem uma taxa de juro de 15% e optou por um pagamento parcial de 20%. Se fizer uma compra de 1.000€ faz uma conta simples: paga 20% por mês, ou seja 200€, e em 5 meses fica paga. O problema é que de facto não é assim.
No nosso exemplo, no primeiro mês paga 200€ e ficam 800€ em dívida. Sobre esse montante paga 10€ de juros (800€ x 15% x 30/360 = 10,0€). Ou seja, na data de pagamento seguinte a sua divida não é de 800€, mas sim de 810€. E é sobre esse montante que paga 20%, ou seja, paga 162€. Assim ficam por pagar 648€, quando pelas suas contas iniciais nesta altura só devia estar a dever 600€.
Sobre os 648€ vai pagar juros de 8,10€ e a sua dívida no final do mês seguinte é agora de 656,10€. E assim por diante. Ou seja, ao fim dos 5 meses a sua compra ainda não está paga. De facto, nessa altura a sua dívida é de 348,68€. Se continuar com o pagamento a 20% só ao fim de 22 anos a sua dívida é inferior a 10€.
Em suma não opte pelo pagamento parcial do cartão de crédito. Pelo contrário, liberte-se da dívida do seu cartão de crédito o mais rápido possível. Só assim vai atingir a sua liberdade financeira.
Liquide rapidamente a dívida do cartão de crédito
Para tal, fixe a sua dívida e deixe de usar o cartão de crédito. Depois avalie se tem poupanças para além do seu fundo de emergência que pode usar para liquidar a sua dívida. Se tem use-as (a taxa de juro que obtém por elas é substancialmente inferior do que a que paga pelo saldo do cartão de crédito).
Mas se não tem, opte por pedir um crédito pessoal para pagar a dívida ou aproveite e consolide-a com restantes créditos para reduzir os seus encargos financeiros. O importante mesmo é liquidar o que deve no cartão de crédito.
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