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O mundo das finanças está cheio de conceitos. Alguns são mais simples. Outros mais complexos. Uns são relacionados, o que acaba por gerar confusões e dúvidas. Neste artigo vamos apresentar-lhe um guia completo sobre taxas de juro. Falaremos como afetam o seu crédito, as suas poupanças e os seus investimentos e como pode tirar partido deste conhecimento para melhorar a sua vida financeira.

Índice:

O que são taxas de juro?

Entende-se por taxa de juro o custo do dinheiro. Quem empresta quer ser remunerado e quem pede emprestado tem de pagar pelo privilégio de usar o dinheiro de outros. Este custo, por seu turno, está relacionado com o risco da operação. Quanto maior o risco da operação e do cliente, maior será o custo que é cobrado, para compensar quem empresta pela possibilidade de vir a perder o seu dinheiro.

Taxa de juro nominal

A taxa de juro nominal ou taxa anual nominal (TAN) é o custo que é publicitado nas diferentes operações que envolvem o pagamento (crédito) ou recebimento (poupança) de juros. Esta é uma taxa anual, pelo que assume que o juro é pago ao final de 12 meses. Logo, se pretendemos saber a taxa para prazos mais curtos, digamos 3 ou 6 meses, deveremos dividir a taxa anual por 4 ou por 2, respetivamente. Em qualquer dos casos, a taxa é sempre publicitada no seu formato anual.

Tomando como exemplo uma TAN de 5%, sabe que por cada 1.000€ investidos irá receber 50€ no final de 12 meses. É simples, basta multiplicar a taxa pelo capital investido e já está!

Taxa de juro real

A taxa de juro real, por seu turno, é uma taxa que é utilizada no mundo dos investimentos. Na prática, é uma taxa que diz qual o ganho ou perda de poder de compra associado ao investimento do dinheiro. E isso é possível através da incorporação da inflação no cálculo. Assim, considere que a taxa real é igual à taxa nominal menos a taxa de inflação. Logo, se a mesma taxa de retorno de 5% for conseguida num cenário de inflação de 3%, a sua taxa de retorno real é de 2%. Por outro lado, se a inflação foi de 6%, saiba que ganhou os mesmos 50€ mas perdeu 1% de poder de compra.

Tipos de taxas de juro

Ao contratar um crédito, podemos ter três tipos de taxas de juro, taxas que são calculadas tendo em conta um indexante (tipicamente a taxa EURIBOR) e um spread (para refletir o risco da operação). Falamos assim de taxas ficas, taxas variáveis e taxas mistas:

Taxa Fixa

Uma taxa que é igual ao longo de todo o contrato. Tipicamente será uma taxa mais elevada do que a taxa variável, uma vez que para o banco assume um risco acrescido;

Taxa Variável

Uma taxa que varia com a variação de um indexante. Pode ser uma variação trimestral (Euribor a 3 meses), semestral (Euribor a 6 meses) ou anual (Euribor a 12 meses). À taxa Euribor é acrescido o referido spread;

Taxa mista

Um contrato que considera uma taxa fixa durante um período (por exemplo 2, 3 ou 5 anos), passando a variável após esse período. Veja o melhor crédito habitação a taxa mista.

Fizemos um artigo que explica o impacto da inflação nas políticas do Banco Central Europeu e como isso afeta a taxa de juro. Perceberá que todos estes conceitos estão relacionados.

Como calcular e comparar taxas de juro?

Existem diferentes formas de comparação de propostas de crédito, que são espelhadas em taxas de juro com siglas mais ou menos parecidas. Antes de avançarmos, foquemo-nos em dois conceitos, o juro simples e o juro composto.

Juros simples vs. Juros compostos

O juro simples assume a TAN que referimos acima e multiplica-a pelo valor do seu investimento. Assim, num investimento a 3 anos, se a TAN for de 5%, por cada 1.000€ recebe os mesmos 50€ todos os anos. Mais uma vez, nos vários suportes publicitários, falamos sempre de juros simples.

O juro composto tem por base a mesma dinâmica, mas considera que o juro que recebemos num período é somado ao montante a investir no período seguinte, obtendo-se assim juros sobre juros. Nos primeiros períodos a diferença não é expressiva, mas com o tempo torna-se bastante expressiva.

Caso queira maior detalhe sobre a diferença de juros simples e compostos e sobre todas as fórmulas de cálculo, sugerimos que siga a ligação juros simples, juros compostos.

Diferentes propostas de crédito?

Quando analisamos uma proposta de crédito temos de considerar que o seu custo não está apenas refletido na taxa de juro que nos é cobrada. De facto, os bancos têm outras fontes de rendimento, como seguro de vida, comissões ou custo com cartões, sendo todos estes custos espelhados em dois conceitos: TAEG e MTIC.

O que é a TAEG

A TAEG é a taxa que permite ao cliente bancário comparar propostas de diferentes bancos para a mesma finalidade de financiamento, podendo perceber se uma proposta é realmente melhor do que outra, mesmo que as taxas de juro cobradas sejam diferentes. Esta deve ser a taxa que utiliza para comparar duas ou mais propostas, pelo que não se deixe enganar.

O cálculo da TAEG incorpora o montante, o prazo, a taxa de juro, encargos iniciais, seguros e custos de outros produtos. Já percebe que pode ter uma bonificação no spread do crédito habitação mas isso pode representar um acréscimo de custos, se tiver de contratar um seguro de vida crédito muito mais caro.

O que é o MTIC

O MTIC é o conceito que nos diz o custo total de um empréstimo, considerando todos os mesmos custos acima referidos. No entanto, se na TAEG o custo é expresso em forma de taxa, no caso do MTIC é expresso em forma de euros. Contas feitas, para contratar um crédito deve contratar aquele que tem a TAEG e o MTIC mais baixos.

Dicas para comparar taxas de juro

Para contratar o melhor crédito habitação ou o melhor depósito a prazo, o segredo é sempre o mesmo. Deve comparar diferentes alternativas e negociar as melhores condições com os vários bancos. Assim, nunca aceite a primeira proposta que lhe é apresentada e negoceie sempre. No caso do crédito tem o seu trabalho facilitado ao recorrer a um especialista da Reorganiza, que negoceia com os vários bancos por si. No caso das poupanças, pode consultar o seu banco e outros bancos concorrenciais, como sejam os bancos online. Em qualquer dos casos, compare mais do que uma proposta.

Taxas de juro para poupanças e investimentos

Referimos anteriormente as taxas de juro que pode analisar quando falamos de poupanças. São elas a taxa anual nominal, taxa real e a taxa de juro simples e juro composto. Dito isto, a forma de calcular o retorno do investimento é muito simples. Pode fazer:

  • Antes do investimento, analisando a taxa nominal e considerando a inflação na moeda do investimento. Por exemplo, TAN de 3% em Portugal e TAN de 6% no Brasil, perceberá que no primeiro caso pode ter um retorno positivo mas, no segundo, deverá ser negativo.
  • Depois do investimento, comparando o valor final com o valor inicial e dividindo pelo número de anos do investimento. Desta forma, obterá a taxa de juro anual.

Bancos com melhores taxas de juro para poupança

A oferta bancária nos produtos de poupança, nomeadamente os depósitos a prazo, varia com o conceito de taxa de juro que atravessamos. Dito isto, acreditamos que consegue as melhores propostas em bancos que não tenham balcões (ou que tenham poucos) e que funcionem bem à distância. Falamos de bancos como, por exemplo, o Banco Invest ou o Banco BNI Europa. Tenha em mente, contudo, que deve ter em consideração, sempre, a solidez do banco. Por outro lado, a taxa dos depósitos não deve ser muito maior pois, se o for, poderá ser um sinal de alerta.

Domine as taxas de juro e tome decisões financeiras informadas

Existem diferentes taxas de juro que temos de conhecer para melhor rentabilizar as nossas poupanças ou para pouparmos dinheiro nos nossos créditos. Como percebeu, estes conceitos não são complexos e tudo se resume a algum estudo, comparação e, acima de tudo, negociação. Se for profissional e sem custos, melhor ainda!

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