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Está preocupado com a sua Reforma? A situação atual da Segurança Social leva-o a pensar que não vai ter uma reforma decente no futuro? Se respondeu afirmativamente a estas duas questões está no bom caminho. É essencial poupar para a Reforma e temos de começar a poupar o quanto antes. Neste artigo vamos falar-lhe dos PPR, um dos produtos de poupança para a reforma mais populares em Portugal

Índice:

O que é um PPR?

Um PPR ou Plano Poupança Reforma é um produto financeiro que foi criado para captar o aforro das pessoas e famílias em Portugal. Quando foi criado, foi pensado para a poupança para a reforma, como forma de constituir um complemento para essa fase da vida. Alterações legislativas que foram lançadas acabaram desvirtuando este produto, que agora pode ser usado para investir em prazos curtos. No entanto, pensamos neles como ótimos instrumentos de investimento de longo prazo, pois os seus benefícios são mais visíveis em prazos mais longos.

Quais os diferentes tipos de PPR que existem?

Existem dois tipos de Planos Poupança Reforma, que variam no seu enquadramento jurídico e nas garantias que têm associadas:

  • Fundo de Investimento – O PPR pode ser constituído como um fundo de investimento, gerido por uma sociedade gestora. Neste caso, trata-se de um património autónomo, o que é especialmente relevante em caso de falência da sociedade gestora (o capital não entra para a massa falida);
  • Seguro de Vida – Podemos ter PPR em formato de seguro de vida financeiro, nomeadamente os seguros de capitalização e os seguros unit linked. A grande diferença para os fundos de investimento é que não falamos de um património autónomo. Logo, em caso de falência da companhia de seguros, o seu capital pode estar em risco.

Quais as Vantagens De Investir num Plano Poupança Reforma

Os Planos Poupança Reforma foram pensados para o longo prazo. Assim, para “compensar” uma reduzida liquidez foram concedidos benefícios fiscais para quem investe em PPR. Assim, destacamos dois grandes benefícios que pode considerar:

  • Incentivos à compra – Uma dedução fiscal em sede de IRS, que se traduz na possibilidade de dedução à coleta de até 20% dos montantes entregues. De notar que esta dedução concorre para os limites de dedução, pelo que pode não existir para muitas pessoas;
  • Benefícios na venda – Se resgatar o seu PPR dentro dos critérios legais terá uma taxa de imposto sobre os lucros muito mais vantajosa do que nos restantes produtos de aforro. Falamos de uma diferença que pode chegar a 20 pontos percentuais de diferença na taxa de imposto sobre mais-valias.

Infelizmente, têm existido várias alterações ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, o que tem provocado algumas dúvidas sobre estes produtos. Do ponto de vista fiscal, os PPR são dos produtos mais interessantes que tem ao seu dispor, embora deva escolher com cautela pois há fundos bem geridos e outros nem tanto.

Existem Desvantagens nos Planos Poupança Reforma?

Algumas pessoas apontam a falta de liquidez como uma das grandes desvantagens dos PPR. Esta restrição de movimentação do dinheiro aqui investido faz todo o sentido uma vez que este é um investimento para o longo prazo. Assim, se o seu objetivo for poupar para a reforma a liquidez não é uma desvantagem.

Uma análise ao nível de comissões e de retorno tem trazido também várias críticas. Dizem os críticos que as comissões são superiores (verdadeiro, especialmente se não souber como escolher um PPR) e que as taxas de retorno são inferiores (também devido ao nível superior de comissões). No entanto, um estudo mais rigoroso indica-nos que estas críticas não costumam ser merecidas.

Tenha também em atenção que se resgatar antecipadamente o seu PPR pode vir a ter penalizações fiscais. Assim, para escolher um bom PPR deverá procurar toda a informação e escolher diferentes entidades gestoras. Em breve iremos fazer uma análise sobre o melhor PPR do mercado.

Quais as comissões cobradas pelos PPR?

Ao olharmos para os planos poupança reforma, deveremos ter em consideração que as comissões acabam por nos “comer” o nosso retorno. Isto é verdade quer falemos de PPR ou de outros fundos de investimento. Na prática, alguém tem de pagar a equipa de gestão, certo? Assim, tenha em atenção as seguintes comissões:

  1. Comissão de Subscrição –Nunca devemos pagar comissões de subscrição de produtos financeiros. Deverá ser um privilégio do banco ter-nos como clientes e não o contrário. As comissões de subscrição são uma forma de a sociedade gestora se apropriar de parte do benefício fiscal, supostamente para fazer face a custos administrativos e afins. Procure sociedades gestoras que não cobrem estes custos;
  2. Comissão de gestão – A comissão que visa pagar o trabalho da equipa de gestão do fundo. Estas comissões variam bastante de gestor para gestor e estão também associadas ao nível de risco que corremos. Assim, se procura PPR com capital e taxa garantida, a comissão de gestão tende a ser baixa. Se vai mais para PPR com muito risco, que têm de investir mais em ações, a comissão pode chegar quase a 2% ao ano.
  3. Comissão de transferência – Antes de subscrever o seu PPR, deve analisar quanto lhe custará se quiser mudar o PPR para outra sociedade gestora. Tenha em mente que algumas sociedades suportam o custo de transferência (já viu, para terem o privilégio de o ter como cliente).
  4. Comissão de reembolso – O custo que poderá ter no momento de reembolsar o seu dinheiro. Tenderão a ser decrescentes com o tempo e servem como incentivo para manter o seu investimento durante mais tempo.

Tenha em mente que todas estas comissões podem pesar no seu retorno de longo prazo. Se uma diferença de 1% num ano pode parecer pouco, pense que 1% multiplicado por 30 anos é um rombo enorme no seu esforço de poupança para a reforma.

Os Planos Poupança Reforma têm risco?

Quando nos fazem esta pergunta, o nível de risco que preocupa os nossos clientes é o risco de perda do capital investido. No que toca ao risco, existem dois tipos de PPR:

  1. Capital e taxa garantida – Produtos pensados apenas para a poupança e a preservação do capital. Por norma, a taxa de retorno é inferior à taxa de inflação, pelo que acabamos perdendo poder de compra sem nos darmos conta. Estes são ótimos produtos para dar dinheiro à sociedade gestora;
  2. Sem capital e taxa garantida – São produtos pensados para o investimento, pelo que procuram ter taxas de retorno mais elevadas do que a taxa de inflação. Se falamos de investimentos de longo prazo, devemos apostar em produtos sem garantia de capital de modo a podermos ganhar algum dinheiro.

Como avaliar o risco dos Planos Poupança Reforma?

Por norma, o risco do investimento em PPR está associado ao seu peso na classe de ativos de ações. Assim, produtos com maior peso em ações têm mais risco, ao passo que produtos com maior peso em obrigações são mais conservadores. A grande vantagem de produtos que têm a liberdade de investir em várias classes de ativos é que o gestor pode adequar o risco ao contexto de mercado. Em momentos de maior risco tendem a aumentar o peso em obrigações e quando o potencial é maior, aumentam a exposição a ações.

Posso transferir o meu PPR para outro banco?

Uma dúvida que surge muitas vezes. Quer esteja a iniciar o seu esforço de poupança quer já tenho um PPR em curso, é possível transferir o seu PPR para outra sociedade gestora. Se não está satisfeito com a sociedade gestora pode mudar para outra do seu agrado. Tenha em mente que no caso dos PPR de capital garantido, pode existir uma comissão de transferência até 0.5% do capital a transferir, sendo que várias sociedades gestoras cobrem este custo.

Posso cancelar as entregas mensais?

Outra dúvida que surge e que importa eliminar desde já. O PPR não é um casamento. Logo, quando inicia as suas entregas mensais pode sempre cancelar as transferências automáticas sem qualquer tipo de penalizações. Claro que sugerimos que as mantenha para maximizar o potencial ganho que terá. Mas pode sempre deixar de contribuir e eventualmente voltar a contribuir mais tarde. A escolha é sempre sua.

Quando é que devo iniciar o investimento em PPR?

Quando se fala na poupança para a reforma tendemos a pensar que temos tempo. Que podemos esperar alguns anos, porque existem agora outras necessidades. Sendo verdade que a reforma, para alguns, pode demorar muito tempo, também é verdade que podemos começar desde cedo a beneficiar do efeito dos juros compostos.

A nossa sugestão é que comece a poupar para a reforma o quanto antes. E sugerimos isto porque se começar mais cedo o esforço que lhe vai ser exigido para atingir os seus objetivos financeiros será menor. Por outras palavras, pode poupar menos todos os meses. Ou pode ganhar mais dinheiro. A escolha é sua, mas comece o quanto antes.

Como escolher o PPR certo para mim?

A escolha de um bom PPR não é algo complexo. Aliás, envolve alguns passos simples, sendo que o principal é estar disposto a poupar para o longo prazo. Assim, sugerimos:

  • Avalie a qualidade da sociedade gestora. Pode não ser fácil, mas a credibilidade da sociedade gestora e da equipa de gestão é fundamental. Foque-se numa equipa com experiência e evite as marcas da moda. Procure consistência, mesmo que alguma marca possa estar a ser muito promovida;
  • Pense no prazo de investimento. Saber o prazo do investimento é essencial para perceber se deve inscrever as entregas na sua declaração de IRS e o nível de risco que pode assumir (prazos mais curtos devem implicar menor risco);
  • Perceba quanto quer poupar. Quais são os seus objetivos de poupança? Saber o prazo e os objetivos é fundamental para determinar quanto tem de poupar todos os meses e qual o risco que tem de correr para atingir os seus objetivos. Nesta fase, tem de decidir se vai aumentar o valor das entregas mensais ou se tem de assumir mais risco.

Como garantir que poupo para a reforma?

A melhor estratégia de poupança para a reforma (ou para o longo prazo) é subscrever uma ou duas entregas programadas para um PPR à sua escolha. Por exemplo, um PPR que permita atingir os limites legais de entregas em sede de IRS (entre os 1.500€ e os 2.000€ de entregas anuais) e outro para o remanescente. O fundamental é que o programa seja automático e que retire o dinheiro da sua conta à ordem, de modo a garantir que poupa sem se dar conta disso. Se precisar de sugestões de PPR não hesite e entre em contacto com um consultor especializado.

Existem alternativas aos PPR na poupança para a reforma?

A resposta é naturalmente que sim. Existem outras alternativas que deve conhecer. Para o ajudar, preparámos um artigo comparativo de PPR ou Fundo de Pensões e PPR ou Seguros Financeiros. Estes produtos podem ser alternativos ou complementares, cada qual cumprindo a sua função, sempre assumindo a lógica de diversificação de riscos. Aliás, se tiver uma empresa, os fundos de pensões podem ser soluções muito interessantes para remuneração sem os impactos fiscais ao nível da Segurança Social e do IRS (que é diferido).

Dicas para Escolher O Seu Plano Poupança Reforma?

Os PPR têm características muito distintas entre si, nomeadamente no que toca ao nível de risco que têm associado. Sugerimos as seguintes dicas para a escolha do seu PPR:

  • Invista com risco – O investimento para a reforma é um investimento para o longo prazo pelo que deve fugir dos PPR com capital garantido e optar por produtos que invistam uma percentagem do seu património em ações.
  • Não pague comissões de subscrição – As comissões de subscrição são um dos grandes penalizadores da sua poupança. Assim, deverá evitar a todo o custo as comissões de subscrição (se reparar o melhor banco em termos e PPR não lhe cobra estas comissões…)
  • Faça reforços periódicos – Para poupar uma boa quantia deverá alimentar o seu PPR todos os meses. Faça reforços automáticos e garanta que o seu bolo vai crescendo todos os meses. Se possível, faça também reforços pontuais com algum rendimento com que não estava a contar. Lembre-se que tudo o que poupar será seu!
  • Leia atentamente toda a documentação – Existem muitos documentos a que deve dar atenção antes de subscrever um PPR. Na prática, poderá ler o prospeto do PPR, que na prática lhe diz (de forma extensa) quais os riscos, as classes de ativos onde investe, as comissões associadas, etc.). Pode também ler a ficha informativa que tem estes dados já condensados;
  • Conheça os riscos – Os PPR não são todos iguais. Existem PPR com risco e outros sem risco. Uns com taxa de retorno garantida e outros cuja taxa depende da evolução de um conjunto de ativos;
  • Cuidado com as comissões – Como em tudo na Banca, existem comissões associadas aos PPR. Assim, sugerimos que tenha em atenção em especial as comissões de subscrição, as comissões de gestão e as comissões de resgate. Procure planos poupança reforma sem comissão de subscrição e de resgate (pergunte-nos quais são se preferir) para evitar estar a gastar dinheiro desnecessariamente;
  • Conheça a sociedade gestora – Existem sociedades gestoras que têm uma maior especialização na gestão de planos poupança reforma. Outras são mais focadas em fundos de outras tipologias. Escolha sociedades especialistas para procurar outros níveis de retorno.

O investimento para a reforma deverá ser uma prioridade. Poderá achar que não precisa de poupar já (pois ainda tem “muito tempo”) ou que não consegue poupar. Acredite que já nos cruzámos com centenas de pessoas que recebem o rendimento mínimo e têm poupanças automáticas para o seu PPR. Tornar o processo automático vai fazer toda a diferença.

escolha de um plano poupança reforma não é nenhuma ciência mas envolve alguns cuidados. Aliás, não devemos entregar o nosso dinheiro a uma qualquer sociedade gestoras. Tenha em atenção as nossas dicas e comece a poupar para a sua reforma. Se precisar de esclarecimentos ou apoio na escolha do melhor PPR não hesite e entre em contacto com um consultor Reorganiza.

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