Os brinquedos fazem e devem fazer parte da vida de qualquer criança, já que estimulam a sua imaginação, a diversão e a partilha de experiências com outras crianças ou adultos.
Felizmente vivemos numa época em que, cada vez mais, existe uma grande variedade de brinquedos cujos preços são muito competitivos e beneficiam todas as carteiras.
Podemos oferecer brinquedos cada vez mais baratos
Há que encarar esta vantagem como uma mais valia ao pensarmos que, por um valor monetário menor, podemos oferecer um brinquedo com uma determinada utilidade e outras tantas características que, há alguns anos atrás, assumiriam um valor monetário muito mais avultado.
Apesar de todas estas vantagens, é importante que estejamos atentos à acumulação excessiva de brinquedos.
Muitos brinquedos podem passar uma mensagem errada
Se por um lado temos acesso a brinquedos melhores por valores mais competitivos, por outro lado podemos cair na tentação de acumular brinquedos que, por serem tantos, ficarão esquecidos nos armários dos nossos filhos e que, muitas vezes, só são experimentados uma única vez por mera curiosidade.
Não esqueçamos, também, que ao possibilitar este excesso de brinquedos ou de outros bens materiais aos nossos filhos, estamos a passar uma mensagem de facilidade e ausência de esforço na aquisição de bens materiais, pelo que é importante que estejamos atentos a este facto.
Muitas vezes, não conseguimos evitar que os nossos filhos recebam muitos brinquedos, nem mesmo que utilizem pouco os brinquedos por terem mais do que o necessário.
Como alternativa, ficam algumas ideias que pode usar para moderar ou suavizar esta questão:
Rever brinquedos com periodicidade
Com a ajuda dos seus filhos, faça uma revisão de brinquedos duas ou três vezes por ano. Veja os brinquedos que estão estragados, os que ainda estão bons, aqueles que estão completamente esquecidos, os que estão incompletos, entre outros.
Defina uma estratégia para evitar que os seus filhos arranjem argumentos para todos os brinquedos que decidir excluir. Dê os brinquedos em boas condições a instituições de solidariedade social ou a Igrejas.
Doar um brinquedo estimado
Fomente a generosidade dos seus filhos e incentive-os a ceder um brinquedo que gostem a uma criança mais desfavorecida. O mais natural é que a primeira reação não seja de recetividade, mas se for falando deste assunto ao longo do tempo e com naturalidade, os seus filhos irão agir de acordo com o que lhes está a pedir e, quando menos esperar, irão voluntariamente escolher um brinquedo para dar.
Desta forma, não só estará a transmitir valores importantes para a formação do seu carácter, como a generosidade e a solidariedade, como o ajudará a crescer como um adulto mais atento aos outros e não tanto a si próprio.
Distribuir brinquedos ao longo do ano
Geralmente as crianças recebem muitos brinquedos no Natal e quando fazem anos, fazendo com que muitas vezes nem sequer tenham capacidade para dar atenção a todos os brinquedos.
Nestas ocasiões, guarde alguns brinquedos e distribua-os ao longo do ano, evitando assim o excesso de bens materiais que pode conduzir a uma banalização e uma falsa sensação de falta de esforço em adquirir esses mesmos bens.
Acima de tudo, lembre-se que mesmo as situações mais banais podem ser propícias à transmissão de mensagens positivas aos seus filhos, por forma a que, com a sua ajuda, cresçam para ser adultos mais equilibrados e completos.