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Se recorrer a financiamento para comprar o seu carro saiba que escolher o melhor crédito automóvel pode significar poupar centenas de euros

Antes de comprar um carro há decisões que tem de tomar

Quando pensamos em comprar um carro a nossa primeira decisão será entre comprar um carro novo ou um carro usado. Se é certo que quando comprarmos um carro novo, mal saia do stand já está a desvalorizar. Um carro usado, por seu lado, pode trazer custos de manutenção acrescidos. Por isso a decisão dependerá dos seus objetivos e sobretudo do seu orçamento.

Outras das decisões que terá de tomar tem a ver como o pagamento. Isto é se irá comprar o carro a pronto ou se terá de recorrer a financiamento. Se optar pelo financiamento terá de decidir se irá contrair um crédito automóvel ou se irá recorrer a operações de leasing, renting ou ALD. Todas as opções têm vantagens e desvantagens.

O crédito automóvel tem, face às demais opções de financiamento, a desvantagem de ter uma taxa de juro mais altas, mas por outro lado o veículo é desde logo seu. Por isso se preza a posse do carro desde que este lhe seja entregue, irá seguramente escolher fazer um crédito automóvel.

Assim, vamos centrar-nos no crédito automóvel e ajudá-lo a escolher o mais vantajoso para si.

O que é um crédito automóvel

Denomina-se crédito automóvel o crédito que se destina à compra de veículos automóveis novos ou usados por particulares e fora do âmbito de atividades profissionais. Destina-se. assim. a uso particular, o que o enquadra nos termos do Banco de Portugal no crédito aos consumidores, e por isso trimestralmente são fixadas as taxas máximas que as entidades financeiras podem cobrar

As entidades financiadores concedem crédito automóvel para a aquisição de carros novos ou usados, mas as condições podem não ser as mesmas e em ambas podem ou não fazer a reserva de propriedade do veículo aquando da concessão do crédito.

O crédito automóvel tem as seguintes características básicas:

  • O valor do financiamento pode ir até 100% do valor do veículo
  • O prazo pode ir até 120 meses
  • A taxa de juro pode ser fixa ou variável, mas tendo como limite as taxas máximas fixadas pelo Banco de Portugal
  • Caso queira pode amortizar parcial ou totalmente o crédito (embora por vezes com penalização)
  • Será o proprietário do veículo (mesmo que exista reserva de propriedade)
  • Não tem de fazer seguro de danos próprios

O que se entende por reserva de propriedade

A reserva de propriedade de um automóvel equivale à hipoteca do imóvel no crédito habitação, já que irá servir de garantia de pagamento do empréstimo à entidade que lhe conceder o empréstimo.

Ao comprar o seu carro com crédito automóvel, o carro é seu, ou seja, está registado em seu nome, mas se a entidade financeira for junto da conservatória de registo automóvel registar o seu direito sobre o veículo ao qual concedeu crédito, ou seja fizer a reserva de propriedade, este servirá de garantia de pagamento do empréstimo que contraiu.

Desta forma em caso de deixar de pagar as prestações, ou seja se entrar em incumprimento, a entidade financeira toma posse do carro como forma de liquidação do crédito, à semelhança da hipoteca do imóvel no crédito habitação.

Se existir reserva de propriedade também não pode vender o carro sem a autorização da entidade credora e com o dinheiro da venda terá de liquidar o empréstimo.

A reserva de propriedade tem influência na taxa de juro do empréstimo

Quanto a entidade não faz a reserva de propriedade não tem como garantia de pagamento o próprio automóvel (que poderá vender), apenas terá outras garantias como a fiança o aval. Mas estas representam para a entidade financeira um risco maior e por isso a taxa de juro, nestes casos, será mais alta.

Mas como escolher o melhor crédito automóvel?

Existem no mercado inúmeras entidades a oferecer crédito automóvel pelo que escolher a melhor para si pode ter um impacto significativo no seu orçamento.

1. Peça várias propostas a entidades financeiras

Dada a grande competição que existe entre as entidades financeiras pedir propostas a várias é sempre uma boa opção. Se não tiver tempo para pedir a muitas, use um dos muitos simuladores disponíveis e selecione as melhores. Peça a essas, já que os valores dos simuladores podem não estar atualizadas com alguma campanha que se tenha iniciado.

2. Peça na marca as condições de financiamento

Muitas marcas têm condições de financiamento próprias que podem provir de entidade criada pela marca para o efeito ou que resultam de um acordo com alguma instituição financeira.

Embora lhe possa ser apresentada como imbatível por ter algum desconto promocional incluído, ou por ser mais rápida, não a aceite sem comparar com as que obteve junto das instituições financeiras. Lembre-se que a concorrência na concessão de crédito é elevada.

3. Analise as propostas que lhe foram apresentadas

Lembre-se que para comparar as propostas todas têm de ter as mesmas premissas. Ou seja, igual valor de financiamento e prazo.

Qualquer que tenha sido a entidade a quem pediu a proposta terá de lhe entregar uma Ficha de Informação Normalizada (FIN), com as condições do financiamento. O documento será idêntico e por isso será fácil de fazer a comparação.

Lembre-se que o seu objetivo será pagar o menos possível pelo seu automóvel.

4. Olhe para a TAEG e o MTIC

Na FIN virá menção à TAN, ou seja, à taxa anual nominal que traduzirá o valor dos juros que irá pagar.

Mas ao contrair um crédito irá ter outros encargos como comissões e encargos. Estes não estão refletidos na TAN, mas sim na TAEG, (taxa anual efetiva global).

Mas como a TAEG representa em termos percentuais do empréstimo os encargos que terá de suportar, pode não ficar com a noção real de em quanto lhe irá ficar o crédito. Para saber os custos em euros, o mais simples será olhar para o MTIC (montante total imputado ao crédito).

Assim, o melhor crédito para si, e, portanto, o que deverá escolher será o que tiver a TAEG mais baixa. E que será o que terá também o MTIC mais baixo.

Mas não se fique por aqui.

4. Olhe para as comissões adicionais

Há comissões que não estão incluídas na TAEG porque dizem respeito a situações opcionais, como por exemplo a possibilidade de fazer reembolso antecipado.

Como a taxa de juro é alta, amortizar o crédito parcialmente irá levar à redução da prestação mensal pelo que é uma possibilidade que deverá ter em mente. E como os juros são a receita das entidades financeiras, a cobrança de comissão de amortização antecipada é a penalização que lhe irão cobrar.

5. Tente negociar

Quando tiver escolhido a proposta que lhe interessa tente negociar com a entidade que lhe ira conceder o crédito. Com a hipótese de perder o cliente poderão fazer-lhe alguma redução e lembre-se isso para si representa uma poupança. Por isso não tenha receio. Negocie. Se precisar de ajuda, contacte-nos que teremos todo o gosto em ajudar a aprovar o crédito.

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