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Tem algum dinheiro disponível e gostava de perceber se é boa altura para amortizar um crédito que tem? Ou será que deve aplicar o seu dinheiro na esperança de vir a ter um rendimento adicional? Neste artigo vou-lhe dar algumas ideias para que se decida.

Quais os créditos que tem em curso?

A primeira pergunta a que deve dar resposta. Quais os créditos que tem em curso e quais as suas características? Sugiro que identifique com clareza:

  • Montante em dívida;
  • Prazo do contrato;
  • Taxa de juro

Estas são as três grandes características dos créditos e o resultado das mesmas vai determinar a prestação que terá de pagar todos os meses. Como vai perceber, quanto menor o prazo maior deverá ser a taxa de juro e o valor da prestação. Nem sempre, mas quase.

Qual a taxa de retorno das aplicações financeiras?

A segunda pergunta a dar resposta é ser conhecedor das taxas de retorno das aplicações financeiras. Tenha em mente que atualmente as taxas de juro dos produtos sem risco rondam os zero porcento. Sim, os bancos não querem pagar-lhe pelo seu dinheiro pelo que as taxas dos depósitos a prazo é praticamente nula (mais uma vez, os bancos jogam com a nossa inércia e ganham dinheiro com isso).

Tem um fundo de emergência?

Por fim, deverá saber se tem um valor poupado para emergências. Este valor deverá dar-lhe o conforto para situações inesperadas ou para emergências. De pouco vale pensar que os problemas só acontecem aos outros. Vamos ter problemas e temos de ter dinheiro poupado para garantir que não vamos cair em problemas financeiros graves.

Em que ficamos?

Saber se deve ou não acabar com um crédito é um pouco o resultado das respostas que der às 3 perguntas que deixei acima. É certo que acabar com uma dívida é (quase) sempre uma boa medida, já que permite que deixemos de pagar juros e que nos livremos mais rapidamente de uma prisão. No entanto, procure começar a amortizar apenas quando:

Tem já um fundo de emergências, para evitar que em caso de necessidade tenha de pedir dinheiro emprestado ao banco ou aos seus familiares;

A taxa de juro do seu crédito é superior à taxa de juro das aplicações financeiras alternativas. Aqui falamos de uma decisão puramente financeira. De comparar duas taxas de juro e tomar a decisão que é mais rentável.

Um problema muito conhecido…

Há um problema que é muito caricato e que mostra claramente quando tomamos decisões que são financeiramente ruinosas simplesmente por desconhecimento ou por preguiça. Há demasiadas pessoas que têm dívidas de cartões de crédito e depósitos a prazo. Ou seja, têm dívidas onde pagam taxas superiores a 15% para ter retornos inferiores a 1%. Isso faz sentido? Ou estamos a emprestar ao banco a 1% para nos cobrar 15% de seguida? Isso é ser idiota…

Tenha sempre em mente que o crédito não é mau. Já pensei isso no passado até que comecei a investir com recurso à dívida, nomeadamente para a compra de imobiliário. Aí consegui usar o dinheiro dos outros (através do banco) para obter um retorno que não só pagava a prestação como ainda libertava algum retorno adicional. Mas nunca se esqueça que mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. Ou seja, se não tiver a disciplina para poupar e investir a amortização do crédito é sempre melhor.

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