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Certamente já deve ter ouvido a expressão “dinheiro parado não rende” ou “com dinheiro à ordem perde poder de compra”. Na realidade, estas afirmações fazem todo o sentido! Se o seu objetivo é fazer crescer a sua poupança, tem de investir em produtos financeiros que coloquem “o seu dinheiro a trabalhar para si”. Quanto mais disposto estiver a correr riscos, maior será a possibilidade de aumentar os seus ganhos.

Note que, não precisa de ser rico para começar a investir, apenas tem de canalizar a sua poupança para os investimentos que mais se adequam ao seu perfil de consumidor e que lhe podem proporcionar uma maior rentabilidade.

Obviamente, se já tiver algum capital acumulado, terá mais opções de investimento. Ainda assim, com pequenas quantias mensais pode investir em alguns produtos financeiros e começar a fazer crescer o seu dinheiro. É isso que explicamos neste artigo.

Porque deve investir?

Se tem dinheiro de parte, pode e deve investir. Conforme já referido, se tiver o dinheiro parado, está literalmente a perder dinheiro!

Até um simples depósito a prazo consiste numa forma de investimento, embora não seja a melhor solução para ganhar dinheiro, na maioria dos casos. Seja para pagar os estudos universitários dos filhos, preparar o futuro após a reforma ou aumentar o património para deixar em herança, as regras que deve seguir para saber onde investir não são muito diferentes.

O objetivo é acumular capital, apenas diferem os prazos. Quanto menos anos faltarem até ao objetivo, menos riscos deve correr e menor é a rentabilidade que pode alcançar. Por exemplo, uma carteira de investimentos, para ser resgatada daqui a poucos anos, deve ser mais conservadora do que uma cujo horizonte é de 10 ou mais anos.

E quanto mais cedo começar a poupar (e a investir bem), mais capital terá acumulado no futuro.

Saiba onde investir o seu dinheiro e tome nota das seguintes dicas.

Criar um Fundo de emergência

Antes de pensar em “investir” deve garantir que tem dinheiro para pagar as suas despesas essenciais e eventuais dívidas. Satisfeitas estas premissas, deve criar uma folga financeira, afinal de contas a vida é feita de imprevistos pelo que precisa sempre de ter dinheiro de reserva. Pode ter um acidente, uma doença, ficar desempregado, entre outras situações possíveis.

Assim, para não precisar de mexer nos investimentos ou recorrer a empréstimos, deve criar um fundo de emergência. Segundo vários especialistas financeiros, este “pé-de-meia” deve ter um montante de 6 vezes os gastos mensais habituais. Ou seja, a quantia necessária para poder estar 6 meses sem trabalhar e sem rendimentos.

Ainda assim, cada caso é um caso. Por exemplo, um indivíduo sem dívidas ou sem filhos, não precisará de um montante tão elevado como outro que tenha este tipo de encargos e com o mesmo nível de rendimentos.

Idealmente, este fundo de emergência deve ser aplicado num produto financeiro sem risco de perda de capital, que possa ser facilmente levantado e sem custos adicionais. O que interessa não é a rentabilidade, mas sim a segurança e liquidez.

Atualmente, os depósitos a prazo são uma boa solução. Procure o banco que lhe oferece a melhor taxa e faça uma simulação. Com este produto, tem o capital garantido e pode, na maioria dos casos, levantar o dinheiro em qualquer altura.

Leia também: 5 razões para criar um fundo de emergência

Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro Poupança Valor

Cada produto financeiro tem o seu risco e o mesmo acontece com o perfil de cada consumidor. Importa referir que, quanto mais seguras forem as aplicações, menor será o seu potencial de rendimento. Assim, se pretende aumentar os seus ganhos terá necessariamente de correr um risco maior. Ainda assim, essa rentabilidade não está garantida. Mas já diz o velho ditado popular: “quem não arrisca não petisca”.

Se é avesso ao risco e prefere apostar em produtos com garantia de capital, ou seja, sem risco, tem dois produtos do Estado em que pode investir:

Estes produtos são vendidos aos balcões dos CTT e através do serviço Aforro Net da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

Outra opção que pode considerar são os seguros de capitalização. Estes são produtos financeiros geridos por seguradoras, mas também vendidos pelos bancos. Regra geral, estes seguros têm o prazo de oito anos, garantem o capital aplicado e definem um nível de remuneração.

Com tantas opções, qual a melhor? Os Certificados do Tesouro foram, durante muito tempo, uma ótima opção de investimento com capital garantido. Depois, foram suplantados pelos Certificados de Aforro. No entanto, estes perderam grande parte do seu potencial após o lançamento da nova série e vão perder rendimento com a descida das Euribor. Ainda assim, de momento, são a opção menos má.

Para prazos até cinco anos, os depósitos a prazo são igualmente uma boa opção.

Leia também: Certificados de aforro ou fundos de tesouraria?

Fundos de Investimento

Conforme já referido, se pretende rentabilizar o seu dinheiro, precisa de o investir. E o ganho será tanto maior quanto maior for o risco que esteja disposto a correr.

Importa referir que, cada investidor é uma pessoa diferente, mas a solução mais adequada para a maioria será aplicar as poupanças em fundos de investimento.

Se esta for a sua opção, deve saber que:

  • O rendimento é incerto (depende da carteira do fundo);
  • Quando decide resgatar o seu dinheiro, não há garantias de reaver o capital aplicado.

Note que, os fundos são diversificados por natureza e permitem aceder aos principais mercados financeiros mundiais com pequenas quantias. Se os souber escolher, pode fazer crescer as suas poupanças de uma forma sustentada.

Como os adquirir? É simples! Pode adquirir estes fundos nos bancos, nomeadamente através dos respetivos sites. Precisa apenas de algumas dezenas de euros para iniciar a aplicação e pode manter o fundo durante o tempo que desejar.

O ideal será manter durante alguns anos para se proteger das oscilações das bolsas e não perder parte do que investiu. Quando pretender vender, transmita a ordem de resgate e escolha os fundos. Mas antes, deve identificar os mercados (países, regiões divisas, setores económicos, entre outros) onde pode obter uma maior valorização tendo em conta o risco.

Aumente o risco: invista em ações

Se tem dinheiro de que não vai precisar, arrisque em outro tipo de investimentos com maior rentabilidade. Por exemplo, opte pelo investimento direto em ações de empresas. Esta solução pode proporcionar-lhe ganhos mais significativos, mas implica que tenha conhecimentos e disponibilidade de tempo.

Como investidor, para ser bem-sucedido, terá de analisar as diversas empresas que operam no mercado e acompanhar a sua respetiva evolução.

As ações são negociadas nas bolsas, como por exemplo:

  • Euronext Lisboa;
  • Nova Iorque;
  • Londres;
  • Frankfurt;
  • entre outras.

Para investir tem de ter conta num banco ou numa corretora que disponibilize o acesso ao mercado onde a ação está cotada. Nota que, comprar e vender implica alguns encargos:

  • comissões de transação;
  • sendo também provável que suporte custos de manutenção da conta de títulos.

Estas comissões variam consoante o banco e a bolsa onde os títulos são negociados. Segundo os especialistas, deve investir mais de 1000 euros por empresa, para diluir o peso dos custos.

Acompanhe regularmente os seus investimentos

Se decidiu investir a longo prazo e aumentar o risco para obter uma maior rentabilidade, não se esqueça de acompanhar regularmente estes investimentos e fazer ajustes caso seja necessário. Não deve aplicar o dinheiro e depois esquecê-lo!

Por exemplo, imagine que tem certificados de aforro e estes deixaram de ser tão atrativos na sua remuneração. Será uma boa opção procurar uma alternativa de investimento que lhe traga uma maior rentabilidade.

Outro exemplo, quando se vence um depósito a prazo é importante não cair no comodismo da renovação automática do banco e procurar novas alternativas. Poderá, por exemplo, encontrar um depósito a prazo mais bem remunerado numa outra instituição bancária.

Nas ações e nos fundos, cujos resultados são mais voláteis, ainda mais importante é acompanhar estes investimentos. Há duas situações distintas a que deve estar atento:

O mercado está em alta

Como há momentos em que os mercados sobem bastante, se estiver satisfeito com o rendimento obtido, aproveite para resgatar alguns fundos ou vender as ações, colher os ganhos e procurar outros investimentos.

O mercado está em baixa

Em alturas de queda também há oportunidades, pois as cotações de mercados ou de empresas podem ter sido excessivamente penalizadas. Ao invés, pode acontecer as quedas serem justificadas por uma deterioração das expectativas, sendo preferível vender, assumir as perdas e partir para outra.

Regra geral, deve comprar “em baixa” e “vender em alta”. Para aumentar a disciplina, pode estabelecer limites. Por exemplo:

  • se um mercado subir ou descer mais de 10%, pode resgatar parcialmente os fundos para encaixar ganhos ou minimizar as perdas. Esta lógica é fundamental quando investe diretamente em ações em que existe uma volatilidade no mercado e um risco de perda de capital.

Por fim, saiba ainda que, mo mundo dos investimentos, se obtiver mais valias terá que as declarar em sede de IRS. Regra geral, estas estão sujeitas a uma taxa de 28%.

Se pretende investir, mas não se sente seguro quanto à opção a escolher, a reorganiza possui especialistas que o podem ajudar a encontrar a melhor solução de investimento e não só. Fazemos “coaching financeiro”, tudo a pensar na saúde das suas finanças. Do que está á espera?

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